Futebol

Blogueiro: Ainda vale a pena investir em Juninho Pernambucano

Juninho Pernambucano desligou-se do New York Red Bull e da MLS. Passagem curta, esquisita, para ser esquecida. Poucos jogos, muitos cartões amarelos e um vermelho estúpido, que não condiz com seu histórico como jogador. Não vou mentir e dizer que assisti aos jogos de Juninho por lá. Vi um só e ele me pareceu desconectado da partida, que tem uma velocidade alta e pouca técnica.

Para um jogador com a idade de Juninho, o melhor lugar para ainda jogar e fazer diferença é em um futebol de pouca velocidade e prioridade para o lado técnico. Conhecem algum país com essa característica? Sim, sim… estamos pensando a mesma coisa.

Juninho não é um Zé Roberto, que parece que parou no tempo e corre mais do que metade dos jogadores do Campeonato Brasileiro. Juninho sofre mais com o peso do tempo, o corpo dele sofre mais. Não me surpreenderia se ele anunciasse a aposentadoria.

Mas, visto o que fez pelo Vasco no ano passado, ainda acho que haja espaço para ele no nosso campeonato. E espaço em time grande, pode ser um jogador decisivo para alguém que esteja disputando o título ou Libertadores.

Em um Corinthians sem Paulinho, que tal Juninho por ali uma vez por semana? E no meio do Fluminense ou do Atlético ou do São Paulo? Isso para falar só dos mais cotados ao título. Seria necessário um planejamento, não adianta querer que ele atue quarta e sábado, quarta e domingo, não tem mais físico para isso. Mas em um futebol como o nosso, mais lento, com muitos jogos à noite e onde bolas paradas decidem tantas partidas, Juninho vale ouro.

OK, tem a história de que talvez não aceite defender outra camisa que não a do Vasco… se for assim, só tenho a lamentar. Pois parece impossível um retorno a São Januário. E isso inviabilizaria, pois, que víssemos Juninho no Brasileirão.

Se Juninho parar, quando Juninho parar, vejo nele um enorme potencial para ser treinador ou gestor por aqui ou mesmo pela Europa. Não adianta, porém, algum clube querer contratá-lo agora para um cargo do gênero. Aqui no Brasil, são incipientes, incompletos ou inexistentes os projetos de formação para estes postos. E sim, amigos! Treinadores precisam ser formados. Precisam aprender, precisam estudar, adquirir conhecimentos.

Que volte, Juninho! Para jogar agora. Ou para fazer algo maior no futuro. O futebol brasileiro precisa de caras como esse.

Fonte: Blog do Júlio Gomes