Benítez e Germán Cano são as esperanças do Vasco contra o Athletico-PR
Andrada, se estivesse vivo, provavelmente estaria orgulhoso. O maior argentino que vestiu a camisa do Vasco veria uma dupla de compatriotas novamente se destacando pelo Cruz-Maltino, ainda que fazendo o oposto dele. Enquanto que Andrada evitava gols, Benítez e Germán Cano são felizes marcando-os.
Neste domingo, às 18h, contra o Athletico, em São Januário, ambos são novamente as maiores esperanças de produção ofensiva da equipe do técnico Ramon Menezes. Uma pena que o goleiro ídolo da década de 70, campeão brasileiro pelo Vasco em 1974, não tenha tido tempo de vê-los em ação. Sexta-feira completou um ano da morte de Andrada.
Além do bom desempenho em campo — Cano é o artilheiro do Vasco no Brasileiro e na temporada, enquanto que Benítez acumula boas atuações no meio —, Andrada veria uma dupla entrosada fora dele. As duas famílias criaram laços e nos treinos, viagens e concentrações, é comum ver os dois conversando. Dividem quarto e o fato de que conseguiram mais prestígio no Vasco do que nos clubes argentinos onde surgiram para o futebol — Benítez no Independiente, Germán Cano no Lanús.
Ao que tudo indica, o atacante tem vida mais longa no Cruz-Maltino — dezembro de 2021. Benítez, a priori, fica apenas até o fim do ano, algo que o Vasco sonha em mudar, comprando os direitos do atleta.
— Não estou pensando no que pode acontecer no futuro, só penso no momento. E é um momento lindo que o clube não vivia há muito tempo — frisou Benítez à “VascoTV”.
O caminho ainda é longo para os dois atingirem os feitos do goleiro, que atuou por seis anos pelo Vasco e foi também campeão estadual, em 1970. Mas existem similaridades entre eles, além da nacionalidade. Andrade chegou em 1969, com o Cruz-Maltino há 11 anos sem títulos. Benítez e Cano desembarcaram na Colina com o clube sem saber o que é uma conquista de expressão há nove anos, desde a Copa do Brasil. Quem sabe isso acabe de novo com argentinos a bordo?
Fonte: Extra Online