Bebeto também adere à corrente de solidariedade por Ricardo Gomes
Depois de Ricardo Rocha e Romário, mais um velho companheiro de Ricardo Gomes na Seleção Brasileira esteve no Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro para vistá-lo: Bebeto. O ex-atacante conversou muito tempo com a família do comandante vascaíno e é mais um a entrar na corrente e na torcida pela plena recuperação do amigo de longa data. Bebeto revelou que estava assistindo ao clássico entre Flamengo e Vasco e se sentiu impotente ao ver Ricardo saindo de ambulância.
- Foi uma cena agoniante. A gente fica em casa sem poder fazer nada. Na hora comecei a rezar e pedir pela sua melhora. E hoje pude constatar que a recuperação está sendo muito boa. Torço muito por isso. Vim conversar com os familiares que acabaram virando amigos pessoais. Sei que logo, logo, ele estará de volta ao nosso convívio - afirmou.
Bebeto relembrou a convivência com Ricardo Gomes. Segundo o ex-atacante, ele foi um dos zagueiros mais completos que já enfrentou, enfatizando que ganhar bola pelo alto era uma situação praticamente impossível. Para ele, as melhores lembranças ficam dos tempos em que jogavam juntos pela Seleção Brasileira.
Os dois estariam juntos na Copa de 1994 caso Ricardo Gomes não tivesse sido cortado em função de uma lesão muscular na coxa. Bebeto admitiu que todos sentiram muito na ocasião e relembrou quando enviaram para o companheiro uma camisa do Brasil autografada por todos.
- As lembranças do Ricardo são as melhores possíveis. Ele se tornou um amigo. Lembro que o corte aconteceu após um treino muito puxado e todos sentiram muito. Afinal de contas, ele era o nosso principal zagueiro. Foi uma tristeza, mas conseguimos vencer por ele também. E mandamos uma camisa autografada. Ele é uma pessoa do bem e por isso mesmo merece que tudo corra bem e ele possa voltar a conviver conosco - finalizou.
Entenda o caso
Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, no último domingo, no Engenhão. Foi levado inicialmente para o centro médico do estádio e, em seguida, encaminhado para o Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde foi submetido a uma cirurgia que durou cerca de três horas e meia. A hemorragia no cerébro em decorrência do AVC sofrido pelo treinador foi estancada, e a circulação, restabelecida.
No ano passado, quando ainda comandava o São Paulo, Ricardo Gomes teve uma vasculite, considerada um pequeno AVC, e precisou ficar internado após o clássico contra o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista. No entanto, o médico do Vasco Clóvis Munhoz assegura que o problema não é relacionado com o enfrentado pelo treinador na outra ocasião.
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