Beach Soccer: Jogadores comemoram vitoria sobre o Corinthians

No duelo entre o atual campeão do Mundialito e o campeão brasileiro de futebol de areia, o Vasco levou a melhor. Num jogo pegado e cheio de polêmicas, com direito a confusão e gol anulado a 28 segundos do fim da partida, o time carioca venceu o Corinthians, por 1 a 0, com um gol de Catarino, se classificou para enfrentar o Flamengo pelas semifinais do Mundialito de Clubes e manteve vivo o sonho do bicampeonato.

Num primeiro tempo em que o Corinthians mandou no jogo, curiosamente os dois maiores destaques foram vascaínos. Questionado por parte dos próprios companheiros e dos dirigentes do clube carioca durante a primeira fase, o goleiro Salgueiro brilhou com três defesas sensacionais: duas vezes em dois chutes de longe do goleiro corintiano Mão e uma numa cobrança de falta de Juninho. O vascaíno ainda contou com a sorte em uma bicicleta de André e num chute de Buru que explodirão no travessão.

De bicicleta, André acertou o travessão do goleiro

Salgueiro (Foto: Wander Roberto)

Mas como diz o mais antigo ditado do futebol, quem não faz leva. E é aí que entra o segundo personagem dos 12 minutos iniciais do jogo. Catarino recebeu falta no último e mais polêmico lance do primeiro período, no qual os corintianos reclamaram que o cronômetro já havia zerado no momento da marcação. A arbitragem manteve a decisão, e na cobrança, de muito longe, o camisa 4 de São Januário acertou o canto esquerdo de Mão e abriu o placar para o Vasco.

No dois períodos seguintes, o goleiro vascaíno continuou atrapalhando os planos do Corinthians, principalmente nos minutos finais da partida, quando Salgueiro operou um milagre numa bomba de André. O Vasco só se defendia e saía rápido nos contra-ataques, e numa dessas investidas, Mauricinho levou a melhor sobre a zaga paulista e obrigou Mão a fazer grande defesa.

O vasco só não aumentou porque os árbitros José Michel, da Venezuela, e Oscar Arosemena, do Panamá, ignoraram um pênalti escandaloso de Buru em Mauricinho, que ainda levou cartão amarelo por similuação. A decisão errada da arbitragem ainda proporcionou uma falta para o Corinthians, que resultou na maior polêmica da partida.



Na cobrança de André, a bola bateu na trave e voltou sem tocar em ninguém para o próprio camisa 10 corintiano, que chutou para o fundo das redes. Imediatamente, os jogadores do Vasco reclamaram dois toques do jogador do Corinthians. Depois de muita confusão, a arbitragem voltou atrás e anulou o gol.

Buru ainda teve um última oportunidade de empatar e levar a partida para a prorrogação numa cobrança de falta, mas Salgueiro, o melhor em campo, fez outra defesa sensacional.

Melhor em campo com pelo menos quatro defesas espetaculares, Salgueiro reconheceu seu fraco desempenho nos primeiros jogos do Mundialito e agradeceu o apoio dos companheiros para dar a volta por cima.

- Foi um jogo muito difícil, entramos com dois jogadores a menos e tínhamos pela frente um grande elenco como o do Corinthians. Joguei mal na primeira partida da competição e precisava me redmiir com uma atuação como a de hoje. Quero agradecer o apoio dos companheiros que nunca deixaram de acreditar em mim - disse o goleiro argentino, que elegeu o goleiro Mão como o jogador corintiano mais perigoso na partida.



Catarino foi o autor da vitória do Vasco e da classificação às semifinais (Foto: Wander Roberto)

Autor do gol da vitória, Catarino fez questão de dividir os méritos com muita gente.

- Foi um jogo tenso e muito cansativo, mas fiquei feliz por ter feito o único gol do jogo. A união dentro e fora da quadra e o apoio dos mais jogadores experientes, como o Jorginho e Bruno Xavier, fizeram a diferença. Queria agradecer também ao Fábio, nosso preparador físico, e ao Júnior Negão, nosso coordenador técnico - disse o jogador de 22 anos revelado nas categorias de base do futebol de areia do Vasco.

Corinthians: Mão, Krash, Klebinho, Buru e André. Entraram: Juninho, Edgar e Minici Técnico: Alexandre Soares

Vasco: Salgueiro, Gil, Catarino, Jorginho e Mauricinho. Entraram: Bernardo, Técnico: Rodrigo Chumbinho