Basquete: Murilo segue com situação no Vasco indefinida
De férias em São José dos Campos, interior de São Paulo, o pivô Murilo Becker, de 34 anos, tem ido ao ginásio Linneu de Moura para fazer trabalhos em quadra. O jogador mantém a rotina de exercícios, que ainda inclui trabalhos na academia, sem ter o futuro definido para a próxima temporada. Com contrato com o Vasco até 30 de junho, a renovação com o clube cruz-maltino ainda é incerta.
– Ninguém entrou em contato para falar se vou ficar ou não vou. Estou treinando, aqui em São José. Estou vendo o que será melhor para mim. Se for ficar, teria que ter o interesse do time do Vasco em entrar em contato comigo. Mas, se não for, tenho certeza do que posso render mais do que nessa temporada – afirmou Murilo.
– Pedi para meu empresário entrar em contato com o pessoal lá. Ele entrou, mas o Vasco ainda não definiu como será o time, se vai montar um time top de linha ou não... Ninguém ainda entrou em contato comigo para uma renovação. Ao mesmo tempo, também não disse que estou liberado para conversar com outra equipe. Estou respeitando meu contrato e aguardando. Seria interessante ficar, mas vamos ver. Se tiver que sair, vou me entregar ao máximo em outro lugar. Espero que nesta semana (defina algo). De repente, nessa semana não defina para onde vou. Mas defina se vou ficar ou não no Vasco – completou.
Murilo foi um dos atletas que o Vasco contratou para disputar o NBB 2016/17. Além dele, chegaram ao time carioca outros nomes conhecidos no basquete nacional, como Nezinho e David Jackson. No campeonato nacional, o atleta fez 32 jogos e atuou, em média, 25 minutos por partida. Terminou o NBB com médias de 10 pontos por partida, 5,8 rebotes e 11 de eficiência.
Após conquistar a Liga Ouro na temporada anterior, o Vasco disputou o NBB pela primeira vez. A equipe terminou a fase de classificação na nona posição e avançou aos playoffs. Porém, no primeiro mata-mata, foi eliminado pelo Pinheiros por 3 a 2. Murilo vê a temporada do Vasco como de altos e baixos.
– Nossa temporada, tanto individualmente quanto coletivamente, foi bem conturbada. Principalmente no NBB. Não conseguimos manter um nível de jogo. Ganhávamos do primeiro e perdíamos para o último. Mesmo o campeonato sendo equilibrado. Nós ganhamos do Mogi por quase 30 pontos em casa e perdemos para o Caxias em casa de 20. Esse exemplo foi a nossa equipe durante a temporada. De altos e baixos, muito rapidamente. Eu vinha de dois anos de lesão. O meu principal objetivo na temporada era jogar todos os jogos. Consegui. Na verdade, só não joguei um jogo contra Bauru, mas não foi por lesão. Foi um problema de alguma coisa que comi. Perdi sete quilos em uma semana – disse.
– Tem várias outras coisas que não é só um time chegar e jogar. Tem várias outras coisas que envolve para que o time vá bem. Não fomos. Foi o primeiro ano, é novidade para muita gente, tanto para alguns jogadores quanto para quem trabalha por fora. Você jogar em um time de camisa não é tão simples. Mas é uma coisa gostosa ao mesmo tempo. Sentir essa pressão. O que você aprende com isso. Prefiro pegar a parte boa do campeonato. Resumindo, foi bacana. Aprendemos muito com isso. Para a carreira e para a continuidade dela, jogar em um time de camisa, com cobrança diferente – acrescentou.