Barbieri diz que Andrey Santos terá nome de peso como reposição
Em entrevista exclusiva à ESPN nesta terça-feira (7), no CT Moacyr Barbosa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o técnico do Vasco, Maurício Barbieri, foi categórico ao afirmar que o clube terá um nome de peso para repor a saída do volante Andrey Santos, emprestado pelo Chelsea até o fim de junho depois de ser negociado em definitivo pelos cariocas no início do ano.
O comandante cruzmaltino fez questão de lembrar que o clube já precisa 'se preparar' para o adeus em definitivo de sua joia, mas que a peça que vai repor a sua saída será do mesmo nível do camisa 18.
“A ideia, sim, é que a gente vá no mercado buscar e encontrar esse jogador ou peça. Sempre faço muitos pedidos ao Paulo (Bracks, diretor executivo). Em alguns momentos é possível atender, outros não, por contrato, questão financeira. Mas os pedidos são muitos. A gente já falou desde o início de muitos nomes que acabamos não conseguindo. Por ter contrato, outros por financeiro. Mas a gente troca muito. Desde o início em um elenco em construção mapeamos todas as posições, agora entendemos que temos maior segurança, outras seguimos buscando, e uma é dessa do Andrey”, começou por dizer.
“Eu acho que tem duas vertentes: o clube já sabendo da saída dele precisa buscar uma reposição para fazer a função, com o mesmo peso. E, depois, a gente internamente precisa trabalhar os demais jogadores darem conta do recado para a ausência dele mesmo por lesão, suspensão. Esse é um processo mais natural, toda equipe precisa desenvolver aqueles jogadores que acabam sendo as escolhas inicias, mas também tem os substitutos para ter um papel relevante. Temos meninos que estão crescendo, o Rodrigo, o (Cauan) Barros. São jogadores que a gente ganha tempo para prepara-los para desenvolvê-los para uma eventual ausência do Andrey”, prosseguiu.
No último domingo (5), o Vasco disputou o seu terceiro clássico da temporada e venceu o Flamengo por 1 a 0, no Maracanã, com gol de Puma Rodríguez. O Cruzmaltino também derrotou o Botafogo, por 2 a 0. A exceção ficou por conta da partida contra o Fluminense, onde foi derrotado por 2 a 0. Barbieri avaliou o desempenho de sua equipe nestes confrontos e disse até onde, na sua opinião, esse time pode chegar.
“Eu acho que nos três jogos, inclusive na derrota para o Fluminense, tivemos um bom rendimento. Difícil dizer que tenhamos ultrapassado eles, mas conseguimos competir com eles, com um elenco em construção, em reformulação, e é um time competitivo. Tem demonstrado que consegue competir com as grandes equipes do país. Em pouco tempo atingimos um nível satisfatório. O que esperamos é seguir crescendo, desenvolvendo para tornar essas vitórias algo mais consistente”, opinou.
“A gente entendeu quais eram os pontos fortes e a capacidade do Flamengo, entender como poderíamos nos contrapor a isso, quais dinâmicas imprimir para eles não se sentirem confortáveis no jogo e explorar o que temos de bom. Difícil dizer qual o limite dessa equipe porque estamos longe do nosso limite. Isso que posso responder. Está numa fase inicial/intermediária de desenvolvimento. Estreia do Andrey, retorno no Marlon (Gomes), são jogadores que tenho pouco tempo, estreia do (Manuel) Capasso, Orellano não consegui usar muito, crescimento de Gabriel Pec, Figueiredo, Rodrigo. Temos uma boa margem de crescimento. Estamos no caminho certo, fizemos bons jogos, estamos em bom nível. Temos margem para crescer na temporada”, complementou.
'Barbiola?
Em 2018, ano em que começou a ganhar destaque no cenário nacional após substituir Paulo César Carpegiani no comando do Flamengo, o técnico de 41 anos caiu nas graças da torcida do arquirrival do Vasco, uma vez que chegou a liderar o Brasileirão daquela temporada. À época, o Rubro-Negro ainda tinha no time nomes como Lucas Paquetá e Vinicius Jr., que atualmente estão na Europa.
Por conta disso, ganhou até mesmo o apelido de 'Barbiola', uma brincadeira com o nome de Pep Guardiola, técnico do Manchester City. E com o bom início de trabalho no Vasco, a alcunha voltou 'à moda'. E Barbieri respondeu sobre o tema.
“Recebo com naturalidade (o apelido), faz parte do torcedor nesse momento de alegria. As brincadeiras, os 'memes'. Recebo dessa maneira, como uma brincadeira sadia”, disse.
Por último, o comandante cruzmaltino ainda falou sobre a volta do time à Série A e disse o que a torcida pode esperar do Vasco na elite nacional.
“Pode esperar uma Série A consistente e que a gente possa estar na parte de cima tabela. Não vou falar classificação final, mas que fique na parte de cima da tabela. Não jogamos o campeonato sozinho, mas depende dos adversários. Ideia é competir em bom nível com todos eles”, finalizou.
Fonte: ESPN