Futebol

Balanço de 2017 do Vasco gera preocupação sobre o presente e o futuro

O balanço de 2017 do Vasco gera preocupação sobre o presente e o futuro. Chama a atenção que a venda de jogadores tenha papel tão importante (30% da receita do departamento de futebol) no já complicado cenário de arrecadação e, ao mesmo tempo, o fato de o Cruz-Maltino não contar com 100% dos direitos econômicos da maioria do elenco. Ou seja, rendimentos pela negociação de atletas tendem não ir por inteiro para o cofre vascaíno.

Crias da casa, como Henrique (85%), Caio Monteiro (80%) e Andrey (85%), são alguns que não pertencem totalmente ao Vasco. Além disso, o documento divulgado pelo clube dá conta de que Martín Silva, Breno e Wellington não têm qualquer percentual ligado ao clube.

O cenário é preocupante para um clube que começou o ano com R$ 86 milhões de dívidas vencidas. A previsão atual para o ano é de déficit de R$ 114 milhões.

Mesmo quando tem 100% dos direitos de um jogador, o Vasco vê o dinheiro ficar pelo caminho. A negociação de Paulinho, vendido ao Bayer Leverkusen por 18,5 milhões de euros, teve o clube embolsando, de fato, 13,6 milhões de euros (R$ 56,6 milhões). O potencial foi afetado já que 1,85 milhão de euros (R$ 7,7 milhões) foi para o empresário Carlos Leite e outros 3 milhões de euros (cerca de R$ 12,5 milhões) foram para o próprio atacante, como forma de bônus por desempenho na base.

Como se trata de uma negociação de 2018, o valor de Paulinho não entrou no balanço do Vasco. O documento mostra que, em 2017, o “repasse de direitos federativos” rendeu R$ 55,2 milhões ao clube. Isso representa 30% da receita bruta do departamento de futebol, que no ano passado foi de R$ 183 milhões. As duas principais negociações foram de Luan (R$ 10,2 milhões) e Douglas (R$ 44 milhões).

Fonte: Extra