AV dá notas para os jogadores do Vasco contra o Operário
Depois de longos e sofridos jogos jogando fora de casa, acumulando derrota atrás de derrota, o Vasco voltou a vencer jogando como visitante e, por mais incrível que pareça, de virada! O time de Jorginho superou o Operário no estádio Germano Krüger marcando o gol da vitória aos 49 minutos do segundo tempo, mas engana-se quem pensa que o desempenho apresentado em campo foi positivo. Voltamos a ver uma equipe acuada pelo adversário que se por um lado pouco criava, por outro também não conseguia ser eficiente na defesa. O time titular foi escalado com: Thiago Rodrigues; Léo Mattos, Anderson Conceição, Danilo Boza e Edimar; Zé Gabriel, Andrey Santos e Nenê; Figueiredo, Eguinaldo e Raniel.
O JOGO
A insatisfação da torcida começou antes mesmo da bola rolar após ver o time definido, principalmente pela manutenção de Raniel e pela ausência de Marlon Gomes. E para a surpresa de um total de zero pessoas, o que vimos no primeiro tempo foi exatamente o que era esperado, nos que talvez possam ser considerados os piores 45 minutos do Vasco nesta Série B. Vimos um time que criava muito pouco principalmente devido a praticamente nula atuação de Nenê e pela “presença ofensiva” do centroavante do time, que na prática mais parecia um expectador que recebe para assistir ao jogo dentro de campo. Mas se o esquema abdicava de atacar, significa que ao menos o sistema defensivo mostrava consistência, certo? Errado. A prova disso foi o primeiro gol do jogo, logo aos 14 minutos, em falha generalizada de todos os defensores: Edimar (que substituiu o contundido Paulo Victor) deixou uma avenida pela esquerda; Anderson Conceição deu toda liberdade para o adversário decidir a jogada; Danilo Boza que não conseguiu antecipar uma bola que era toda dele; Thiago Rodrigues com a potente reação de uma tartaruga; além de Leo Mattos que passeava apenas olhando a jogada de longe pelo lado direito e Zé Gabriel que achou não valer o esforço para recompor e preferiu ficar parado ali pelo meio do campo. Um verdadeiro show de horrores na primeira etapa do jogo, resultado de uma escalação inicial que ninguém esperava que fosse dar certo.
Já para o segundo tempo Jorginho correu para tentar corrigir aquilo que nem deveria ter começado. Tirou o apagado Nenê para por Alex Teixeira e sacou Zé Gabriel (que foi escalado na vaga do suspenso Yuri Lara mas não deve ter entendido sua função) para a entrada de Marlon Gomes. Detalhe: Raniel permaneceu em campo (?). Apesar deste último, foi sim possível ver uma nova cara na equipe, que passou a apresentar alguma movimentação e até mesmo conseguiu criar algumas chances. O empate veio dos pés de Bruno Tubarão, mais um que veio do banco e contribuiu para o melhor desempenho. Porém, quando se esperava um time ainda mais aguerrido após conseguir igualar o placar, o que vimos foi um repeteco do primeiro tempo, o que culminou no crescimento do adversário e mais um gol como consequência: bola lançada na área do Vasco e o potente Thiago Rodrigues socou a bola que sobrou nos pés do camisa 7 adversário que, após ser muito pouco incomodado dentro da área vascaína, chutou no canto de um goleiro mal posicionado.
Eis que chegávamos ao ponto mais emblemático da partida. O Vasco novamente estava perdendo jogando fora de casa, precisando virar o resultado faltando poucos minutos para o apito final. Era realmente muito difícil conseguir crer em um resultado diferente do que despontava, ainda mais pelo desempenho pouco inspirado que estava sendo apresentado. Foi quando o grande reforço da janela, contratado em julho, decidiu finalmente fazer sua “estreia”. Alex Teixeira conseguiu ser decisivo e marcou dois gols em sete minutos, sendo o último aos 49 minutos da segunda etapa, decretando a improvável virada no placar, a inesperada vitória fora de casa e, principalmente, a inexplicável mescla de raiva e alívio no coração do torcedor vascaíno. Vencemos! Finalmente! Mas não precisava ser assim.
Com o resultado, o Vasco se manteve por mais uma rodada na quarta colocação com 52 pontos, mantendo os 3 pontos de vantagem para o Sport, quinto colocado da vez. Porém, caso o Ituano vença o Cruzeiro em Minas, o time paulista irá chegar aos 50, reduzindo para apenas 2 pontos a diferença no G4. A próxima partida será no sábado (8) contra o Novorizontino às 18h30 em São Januário.
NOTAS
Thiago Rodrigues: Segue sendo o Thiago Rodrigues do segundo turno. Inseguro toda vida, poderia ter evitado os dois gols se estivesse em seu melhor momento. Nota 2
Léo Mattos: Não fez uma boa partida assim como todo sistema defensivo, principalmente no primeiro tempo, quando não passeou pelo lado direito durante o primeiro gol adversário. Foi substituído após tomar um cartão amarelo. Nota 4 – Bruno Tubarão: entrou bem e conseguiu dar intensidade no ataque, sendo muito participativo e marcando o gol da reação, seu primeiro com a camisa do Vasco. Nota 6
Anderson Conceição: Muito mal, principalmente no primeiro tempo. Um dos maiores responsáveis na trapalhada do primeiro gol do Operário quando deu toda liberdade para o adversário cruzar ao invés de apertar a marcação. Nota 3
Danilo Boza: Quando estava no banco era pedido pela torcida mas desde que começou a receber chances pouco correspondeu ao esperado. Mais um a falhar no primeiro gol, perdendo uma disputa mesmo estando a frente na jogada. Nota 3,5
Edimar: Perdeu a posição de titular para Paulo Victor mas atuou hoje devido lesão do concorrente da posição. Discretíssimo no apoio, mostrou posicionamento ruim na defesa, principalmente na avenida que deixou no primeiro gol adversário. Nota 3
Zé Gabriel: Não entrava em campo há 9 jogos e hoje mostrou o motivo. Foi escalado para substituir o suspenso Yuri, mas sua displicente atuação justifica o apelido de comida em casa. Nota 2,5 – Marlon Gomes: Sua ida para o banco surpreendeu, mas mais uma vez demonstrou um desempenho bem abaixo do potencial que tem pra render. Nota 5
Andrey Santos: Hoje ficou devendo. Apesar de ficar sobrecarregado na construção de jogadas, errou mais passes que o habitual, principalmente na primeira etapa. Quando foi recuado para primeiro volante teve uma leve melhora. Nota 5
Nenê: Péssima atuação do camisa 10. Tentou muito pouco e aquilo que tentou, errou. Partida de muito pouca intensidade, o que acaba necessitando um maior esforço dos companheiros. Nota 3 – Alex Teixeira: Finalmente fez sua primeira “partida” desde que retornou. Ainda abaixo do esperado, ao menos deu maior movimentação no meio campo e foi decisivo marcando dois gols cruciais para a vitória. Nota 7.5
Eguinaldo: Muita luta mas pouco resultado. Apareceu menos do que aquilo que se espera dele, mas está longe de ser o maior dos problemas, ainda mais jogando fora de sua principal posição. Nota 5.5 – Gabriel Pec: Entrou razoavelmente bem no jogo, dando volume de jogo pelo lado esquerdo e participando de jogadas ofensivas que resultaram em gol. Nota 6.5
Figueiredo: Novamente, apesar de demonstrar algumas claras deficiências, é sempre voluntarioso e não se omite no jogo, chegando a atuar de lateral-direito. Tentou muito, apesar de não ter acrescentado tanto. Nota 6
Raniel: Depois do péssimo desempenho no último jogo e de ter sua ida pro banco especulada, ninguém entendeu sua manutenção como titular. Até que a bola rolou, e foi aí que todos continuaram sem entender. Nota 1,5 – Erick: Apesar de ser a primeira opção do treinador dentre os suplentes para a posição, ainda não conseguiu demonstrar em jogo aquilo que deve apresentar nos treinos que justifique sua escalação. Nota 4
Jorginho: Desta vez, parece que fez o que estava ao seu alcance para tentar dificultar a vitória do Vasco. Escalou um time pouco eficaz, tentou mudar tudo quando percebeu o erro e foi premiado com boas atuações dos hoje considerados reservar. Nota 4
Fonte: Site do Atenção VascaínosMais lidas
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