Auxiliar do clássico já passou por situação semelhante em outro jogo
Diz o ditado popular que “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. Porém, tente dizer isso para Rodrigo Saraiva Castanheira. O auxiliar do clássico entre Vasco e Flamengo do último domingo, que não validou o gol de Douglas, já passou por situação semelhante há três anos, durante o confronto entre Botafogo e Fluminense.
No dia 6 de fevereiro de 2011, alvinegros e tricolores se enfrentaram pela sexta rodada da Taça Guanabara, no Engenhão. Aos 43 minutos do primeiro tempo, o meia Renato Cajá, do Botafogo, chutou forte da intermediária. A bola bateu no travessão, quicou e foi para a pequena área. Posicionado de forma semelhante, Rodrigo Castanheira não deu o gol, em lance que deixou muitas dúvidas. Loco Abreu, jogador alvinegro mais próximo à baliza, reclamou bastante
No entanto, pelas câmeras que acompanhavam a partida, não é possível dizer se a bola cruzou a linha ou não. Nesta segunda-feira, Jorge Rabello, presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol do Rio de Janeiro (Coaf-RJ), citou o lance de três anos atrás para defender a qualidade técnica de Castanheira.
- Ontem (domingo) foi um erro da limitação do ser humano como observador. Mas no Botafogo e Fluminense de 2012 (2011, na verdade), em uma bola idêntica à do Douglas, o Castanheira acertou. Foi exatamente igual ao Vasco e Flamengo e ele acertou – disse à Rádio Brasil.
O lance de Douglas ocorreu aos 11 minutos do primeiro tempo (Veja o vídeo abaixo). O placar ainda estava 0 a 0, quando o meia cruz-maltino cobrou a falta, a bola quicou 33 cm dentro do gol e saiu. Castanheira, a poucos metros da meta, não validou, o que provocou a ira dos vascaínos. No fim, o Flamengo venceu por 2 a 1.
O erro deixou o auxiliar, que é professor de educação física, abalado. Casado e com dois filhos, chorou ainda no vestiário do Maracanã ao saber que a bola tinha entrado. Voltou a chorar bastante também ao conversar com amigos, que telefonaram para prestar solidariedade. Nesta segunda-feira, estava incomunicável.
Os dois clássicos citados foram os únicos da carreira de Castanheira, que desde 2010 atua com frequência em partidas da Série A do Carioca. Com prestígio diante da Comissão de Arbitragem, que o considera promissor, atuou nas oito rodadas já disputadas do estadual 2014. Em quatro partidas exerceu a função de auxiliar de um dos gols, enquanto em outras quatro foi quarto árbitro. Ainda atuou, como árbitro central, de um jogo da Série B do Carioca, no triunfo do São João da Barra por 2 a 1 diante do Tigres.
Fonte: geMais lidas
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