Torcida

Autoridades comentam brigas entre torcidas em Brasília e admitem mudanças

Quatro torcedores do Corinthians foram detidos neste domingo após agredirem vascaínos no intervalo da partida entre as duas equipes, no Mané Garrincha, em Brasília, pelo Brasileirão. Por causa da confusão, os responsáveis pela segurança do estádio admitiram que podem fazer alterações nos procedimentos envolvendo torcidas uniformizadas. De acordo com representantes da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, as organizadas descumpriram um acordo feito antes da partida para que não houvesse confronto.

Um médico que trabalha no estádio, que preferiu não ser identificado, disse à reportagem do GLOBOESPORTE.COM que mais de dez torcedores foram feridos. Porém, de acordo com Paulo Roberto Oliveira, secretário-adjunto de segurança pública do Distrito Federal, apenas três pessoas saíram feridas da confusão, todos eles da Polícia Militar. Um deles, inclusive, recebeu seis pontos na cabeça. Já o Corpo de Bombeiros prestou atendimento a três indivíduos: dois policiais e um torcedor.

O coronel Cléber Pereira, comandante do policiamento na tarde deste domingo, também revelou que torcedores do Corinthians tentaram saquear um mercado em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. Havia onze ônibus de torcidas organizadas, de acordo com o oficial.

- A segurança pública passou a semana toda planejando os grandes eventos que aconteceriam em Brasília neste domingo. Fizemos reuniões com torcidas organizadas com a presença do Ministério Público. Houve isolamento da torcida e, infelizmente, alguns torcedores, não entendendo esse espírito esportivo, tentaram ir de encontro à outra torcida - afirmou Paulo Roberto Oliveira.

A versão do secretário, porém, não condiz com o que foi observado pela reportagem. Antes da invasão dos torcedores do Corinthians ao setor onde estavam os vascaínos não havia qualquer barreira policial. Tanto que eles conseguiram atravessar o anel superior do estádio Mane Garrincha e partir em direção aos rivais, tentando agredi-los.

- Cada jogo em Brasília é uma nova experiência. Vamos aprendendo, vendo o que está acontecendo. Poderemos adotar uma separação física das torcidas, com barreiras, em próximos jogos. Vamos apurar o que aconteceu - afirmou Nisio Tostes, do Ministério Público.

De acordo com a versão oficial, havia 800 policiais empenhados na segurança da patida. A entrada, que se deu de forma mista, ocorreu de forma pacífica. Porém, as torcidas organizadas do Timão chegaram aos 20 minutos de jogo. Como o estádio é guarnecido por 400 câmeras, as imagens da confusão deste domingo serão analisadas.

Fonte: ge