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Atletismo: Sem o Célio de Barros, vascaínos têm de improvisar

Enquanto o mundo respira futebol, o atletismo do Rio vive uma profunda crise. Com orçamento anual de R$ 150 mil e sem patrocínio, a Federação de Atletismo do Estado (Farj) tem se virado nos 30 para realizar as competições. Os cerca de seis mil atletas não têm local para treinar. E só há uma pista (em Deodoro) para as disputas. Por falta de dinheiro, a entidade encerrou seus projetos sociais.

Com a pista destruída e a arquibancada precária, o Estádio Célio de Barros, templo deste esporte, deu lugar a um...parque de diversões. Isso mesmo. Foi a forma que o governo do estado encontrou para evitar que o local fique ocioso já que não há recursos para a reconstrução.

Lembrando

O Célio de Barros está fechado desde 2010. O estádio seria demolido para dar lugar a estacionamentos e lojas do novo complexo do Maracanã visando a Copa de 2014. Houve protestos e o ex-governador Sérgio Cabral voltou atrás.

Só promessa

O consórcio viu a projeção de lucro desmoronar e pediu a reavaliação do contrato. Veio a Lava Jato. Empreiteiros foram presos. Cabral está em Bangu 8. O filho dele, Marco Antônio, ex-secretário de Esportes, prometeu um novo estádio até 2017. Não cumpriu.

Treino improvisado

A treinadora do Vasco, Solange Chagas, por exemplo, tem de improvisar. Os atletas dela treinam na Quinta da Boa Vista e até mesmo nas ruas. Os maiores nomes do atletismo brasileiro começaram ou competiram no Célio de Barros.

Cidadania

"O esporte é transformador. Se não transforma em atleta, transforma em cidadão", lembra Luz Marina de Souza, presidente da Farj.

Outro lado

O atual secretário estadual de Esportes, José Ricardo Brito, não falou sobre o caso. Em nota, a secretaria informou que a ideia é reconstruir o estádio, mas, por causa dos custos (R$ 15 milhões), "ainda não foi possível".

Fonte: Coluna Informe do Dia - O DIA