Futebol

Ataque do Vasco segue acumulando números negativos

Para se ter uma ideia: o melhor ataque do Vasco desde 2010 marcou mais que o quádruplo de gols que o atual no mesmo período de tempo. Se comparar o time de 2020 com o de 2011, campeão da Copa do Brasil, vice do Brasileiro e que fez 33 gols em12 partidas, é injusto, há outro sarrafo, bem mais modesto, estabelecido pela equipe de Cristóvão Borges em 2017, que marcou 13. Ainda assim, a trupe de Abel Braga fica atrás. De lavada.

O desempenho ofensivo nas primeiras 12 partidas do ano é um dos indicadores do começo de temporada difícil do Cruz-Maltino. São apenas oito gols no período, o que torna o time atual o menos produtivo desde 2010. Nesse bolo há nada menos que duas equipes que foram rebaixadas para a Série B no fim do ano anterior.

Há também elencos que sofreram com a falta de um centroavante mais efetivo. O de 2020 conta com a pontaria de Germán Cano, autor de cinco dos oito gols. Ainda assim, nenhuma teve tantas dificuldades para criar jogadas ofensivas quanto a atual.

O time não cria com a bola rolando, e tão pouco consegue ser efetivo nos lances de bola parada, alternativa sempre eficiente para quem sofre com a falta de qualidade com a bola no chão. Foram dois gols de cabeça do zagueiro Werley, contra a Portuguesa, pelo Estadual, e mais nada.

O técnico Abel Braga não consegue mudar o panorama. Sua escalação na frente segue a mesma, com Marrony, Germán Cano e mais um jogador, oscilando entre Talles Magno, Lucas Ribamar e Vinícius. No segundo tempo, mantém a equipe atuando com quatro atacantes, sem que isso se converta em melhor desempenho ofensivo.

Os treinos de finalização continuam a todo vapor, comandados pelos auxiliares Leomir e Ramon. A comissão técnica tenta o possível para melhorar a equipe para a partida de quinta-feira, contra o Goiás, pela terceira fase da Copa do Brasil.

Expectativa de conversa com Campello e portões fechados

Nesta terça-feira, o Vasco segue a programação de treinos com a expectativa de uma conversa entre o presidente Alexandre Campello e os atletas. Foi Abel Braga quem revelou, depois do empate no domingo, que o dirigente teria o encontro. A atividade será com portões fechados.

A relação entre eles está abalada desde que o grupo, insatisfeito com o atraso salarial, resolveu entrar em greve e não conceder mais entrevistas. O clube deve os meses de dezembro, janeiro, parte do 13º e férias. Campello discordou da decisão do elenco.

O clube trabalha para tentar amenizar a crise financeira. Uma delas é a briga judicial entre Sindicato de Empregados em Clubes do Rio e a Caixa Econômica Federal. O Sindeclubes tenta a liberação de cerca de R$ 5 milhões, referentes à antiga parceria do clube com o banco estatal.

Enquanto enfrenta os problemas financeiros, Campello tenta reconstruir sua diretoria. O presidente deverá ter o André Luiz Vieira como novo vice de patrimônio. Vieira ocupou o cargo na última gestão de Eurico Miranda.

Fonte: Agência O Globo