Futebol

Atacante Robinho e Vasco absolvidos por unanimidade

O atacante Robinho foi julgado agora à noite pelo Tribunal de Justiça desportiva, e foi absolvido por unanimidade (5 x 0) da expulsão do jogo contra o Vila Nova, onde foi acusado de agressão ao adversário. O jogador foi condenado a 1 jogo de suspensão, sendo que o mesmo já foi cumprido contra o ABC.

No mesmo julgamento, o Vasco chegou a ser citado sobre uma pedra atirada pelo torcedor ao quarto árbitro, no momento do lance, e o clube foi absolvido por maioria dos votos (4 x 1).

Acompanhe abaixo o caso, e passo a passo do julgamento.

Entenda o caso:

Expulso logo aos sete minutos de jogo com cartão vermelho direto por, após cometer falta no lateral-direito Osmar, do Vila Nova, ter dado um soco nas costas do mesmo ao caírem no gramado, Robinho foi denunciado pela Procuradoria do STJD por agressão física – artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – e pode ficar ausente dos gramados de 120 a 540 dias.

A situação do Gigante da Colina pode piorar devido a outro relato na súmula do árbitro paulista Sálvio Spindola. De acordo com o registro, um torcedor atirou uma pedra no assistente número dois, Everson Luquesi, que não foi atingido, e o arremesso partiu da arquibancada onde estava localizada a torcida do Vasco.

Apesar de não ter sido mandante do jogo, o clube carioca terá que responder por deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto – artigo 213 do CBJD – incidido no § 2º (Caso a invasão ou o lançamento do objeto seja feito pela torcida da entidade adversária, sofrerá esta a mesma apenação). A punição para este tipo de infração é de perda de mando de campo de um a dez jogos e de multa, que varia entre R$10 mil e R$200 mil. O Vila Nova também foi denunciado no mesmo artigo e pode sofrer as mesmas punições.


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Fatos relevantes do julgamento

# Com relação à pedra atirada pelo torcedor, o relator Marcelo Tavares informou que o torcedor que atirou o objeto foi identificado e levado à delegacia para prestar depoimentos. Porém o mesmo foi liberado por conta da greve da polícia de Goiás.

# O advogado do Vasco Osvaldo Sestário mostra vídeo na defesa do jogador.

# O advogado do Vila Nova faz a defesa com relação à pedra atirada pelo torcedor, questionando qual seria a gravidade caso a pedra atingisse o quarto árbitro. Alegou que o Vila Nova tomou todas as providências cabíveis, e pede a absolvição do clube nessa questão.

# O advogado do Vasco Osvaldo Sestário começa a defesa do jogador Robinho, mostrando pelo vídeo que o relatado na súmula não corresponde à imagem, e sugere que o árbitro tenha sido ludibriado. Com relação à denúncia da pedra atirada pelo torcedor, alega que o Vasco não tinha condições de fazer nada com relação a esse episódio, já que a responsabilidade da segurança do estádio era do Vila Nova. Por fim, sustenta a tese de que o Vasco não tem acesso às informações de segurança e repressão de torcida de outros clubes, e pede a absolvição do clube.

# O auditor-relator Marcelo Tavares isenta o atacante Robinho de agressão, porém alega hostilidade por parte do jogador no lance, e vota por uma partida de suspensão. Com relação ao episódio da pedra jogada no quarto árbitro, absolve os dois clubes.

# O auditor Otacílio Araújo acompanha o voto do relator Marcelo Tavares com relação ao atacante Robinho, e vota também por uma partida de suspensão. Porém, absolve o Vila Nova do episódio da pedra, e responsabiliza o Vasco votando pela suspensão de 1 mando de campo e pagamento de multa de R$ 10 mil.

# O auditor José Perez acompanha integralmente o relator Marcelo Tavares.

# O auditor Francisco Pessanha acompanha integralmente o relator Marcelo Tavares.

# O presidente Valed Perry acompanha integralmente o relator Marcelo Tavares.

# Jogador Robinho é absolvido por unanimidade, e o Vasco é absolvido por maioria.

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