Atacante Guilherme, ex-Vasco, pendura as chuteiras
Atacante revelado pelo Marília no começo da década de 90, Guilherme de Cássio Alves atualmente é o auxiliar-técnico de Jorge Rauli no próprio MAC.
O ex-centroavante, com 33 anos, decidiu pendurar as chuteiras no final do ano passado e ocupa a função desde o começo desta temporada.
Descoberto pelo Mestre!
Sua trajetória no futebol teve altos e baixos, mas Guilherme vestiu muitas camisas de grandes times espalhados pelo Brasil e mundo. Após se destacar no Marília, durante a disputa do Campeonato Paulista de 93, o jogador chamou a atenção de Telê Santana, então técnico do São Paulo.
O Mestre decidiu apostar no garoto de 19 anos, e o levou para o Morumbi. No São Paulo, Guilherme foi um dos destaques do Expressinho e, ao lado de nomes como Rogério Ceni, Pavão, Juninho Paulista e Denilson, levantou o caneco da Copa Conmebol.
Passagem pela Europa!
Após dois anos no Tricolor e cinco títulos conquistados (Libertadores, Mundial Interclubes e Supercopa em 93, além de Conmebol e Recopa em 94), Guilherme saiu do time emprestado para o Santa Cruz, mas logo tomou a ponte aérea e rumou para a Espanha, para jogar no Rayo Vallecano, no começo de 95. Duas temporadas depois, voltou ao Brasil para defender o Grêmio.
No entanto, sua passagem por Porto Alegre não foi das melhores. Contratado para ser o substituto de Jardel, o jogador não conseguiu se destacar e foi para o Vasco no começo de 98. No Rio, o problema foi a grande quantidade de atacantes no elenco (Luizão e Donizete primeiro, depois Viola e Edmundo). Mesmo assim, ajudou o cruzmaltino a se sagrar campeão da Libertadores em 98.
Melhor fase!
Mas foi em 99 que Guilherme atingiu sua melhora fase na carreira. Com a camisa do Atlético-MG, foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro daquele ano, com 28 gols, e ajudou o Galo a chegar à final da competição. Na ocasião, o alvinegro de Belo Horizonte parou na máquina do Corinthians, de Marcelinho, Rincón, Edilson e Luizão.
Suas atuações pelo Atlético-MG chamaram a atenção de Wanderley Luxemburgo, à época com "W" e "Y" e então técnico da Seleção Brasileira. O centroavante foi chamado para duas partidas nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, contra Paraguai e Uruguai.
No Atlético-MG, o companheiro Marques era o grande responsável pela sua boa fase, e seu desempenho caiu quando a parceria foi desfeita, no meio de 2002. Sem mais clima no Galo, Guilherme se transferiu para o Corinthians, onde disputou o Campeonato Brasileiro e foi novamente vice-campeão, após derrotas para o Santos.
Vexame!
Guilherme foi um dos escolhidos pelo técnico Luiz Felipe Scolari para disputar a Copa América em 2001, de terrível lembrança para os brasileiros. Camisa 9 do time, participou da histórica derrota para Honduras, por 2 a 0.
Declínio!
Depois de virar ídolo do Atlético-MG, Guilherme nunca mais foi o mesmo. Após sair do Corinthians, passou alguns meses no Al Ittihad, da Arábia Saudita, e voltou ao Brasil para defender o Cruzeiro, maior rival do Galo.
No time celeste, participou da campanha do título mineiro em 2004, mas caiu junto com Alex, Rivaldo e Vanderlei Luxemburgo na Copa Libertadores. Após passar pelo Cruzeiro, Guilherme jogou pelo Botafogo, durante o ano de 2005, mas não obteve sucesso.