Futebol

As respostas de Léo na coletiva desta quarta-feira (4)

O Vasco apresentou o zagueiro Léo, ex-São Paulo, como reforço para a temporada 2023 nesta quarta-feira. O jogador assinou contrato com a equipe até dezembro de 2025 e destacou a importância do estudo para evolução na carreira.

- Na vida a gente muda todo dia, sou um cara que busca evoluir e estudar todos os dias. Eu estudava todo dia quando mudei para a zaga. Sou curioso, vejo vídeo, vou atrás de melhorias. Querer melhorar não é vergonha, é virtude - destacou.

Léo, que começou a carreira com o apelido de Léo Pelé pela semelhança física com o Rei do Futebol, falou sobre a despedida do maior ídolo do futebol mundial, que foi sepultado na última terça-feira, na cidade de Santos, após velório na Vila Belmiro e cortejo pelas ruas da cidade.

- Foi uma perda muito grande para o futebol mundial, deixo meus sentimentos a todos os familiares do Pelé. Quando falo que quero ser chamado só de Léo é porque o Pelé é único, meu receio era comparar o futebol e não tem como comparar. Queria tirar esse peso de cima de mim. O apelido era pela aparência. Vai ficar marcado pra sempre na minha história quando o Pelé chegou na sala, olhou pra mim e disse: “Esse menino é meu filho” (risos). Pelé é único - disse o jogador.

Revelado como lateral-esquerdo pelo Fluminense, Léo fez a transição e virou zagueiro titular do São Paulo, onde chegou em 2018. Léo revelou que a mudança de posição aconteceu em conversa com Fernando Diniz, hoje técnico do Fluminense, à época no São Paulo.

- A conversa com Diniz para eu mudar de posição durou uns 40 minutos em campo. Eu me assustei quando ele falou que poderia jogar de zagueiro e volante, mas comprei a ideia e falei que precisava da ajuda dele. Comecei a gostar da posição, ele disse que era uma posição que não tinha tanto no mercado, comprei a ideia e deu certo - revelou.

Confira mais respostas do jogador na apresentação:

Negociação com o Vasco
- Quando me ligaram fiquei muito contente com o convite, eu quero estar aqui, já parece que estou aqui há bastante tempo. Me receberam bem, estou feliz demais. Posso jogar em mais de uma posição, como o professor achar melhor, mas vim contratado como zagueiro. Na posição de lateral e de volante temos bons jogadores, respeito todos eles, zagueiro pela esquerda foi a posição que me trouxe até aqui.

Mudança de posição
- A conversa com Diniz para eu mudar de posição durou uns 40 minutos em campo. Eu me assustei quando ele falou que poderia jogar de zagueiro e volante, mas comprei a ideia e falei que precisava da ajuda dele. Comecei a gostar da posição, ele disse que era uma posição que não tinha tanto no mercado, comprei a ideia e deu certo.

Entrosamento
- Não só eu, mas todo jogador teve o desafio de sair de casa pelo sonho. Quando a gente veste a camisa do Vasco, um clube grande, a gente dá o nosso máximo. É degrau a degrau, tudo novo para todos, vamos buscar esse entrosamento no dia a dia. Eu sou um atleta que gosta de estudar, perguntar e ouvir.

Importante de reforçar a defesa
- Um time sólido precisa de uma defesa sólida. Exaltar também os jogadores que estavam antes, o Conceição foi um cara que me abraçou muito bem. Esses atletas colocaram o Vasco onde ele merece.

Apelido em referência a Pelé
- Foi uma perda muito grande para o futebol mundial, deixo meus sentimentos a todos os familiares do Pelé. Quando falo que quero ser chamado só de Léo é porque o Pelé é único, meu receio era comparar o futebol e não tem como comparar. Queria tirar esse peso de cima de mim. O apelido era pela aparência. Vai ficar marcado pra sempre na minha história quando o Pele chegou na sala, olhou pra mim e disse: “Esse menino é meu filho” (risos). Pelé é único. Esse momento com Pelé foi no time do Pelé em Santos, o Litoral. Ali foi o começo da minha história.

Objetivos
- Vim para o projeto de reconstrução da história do Vasco, que é linda. Um projeto para os jogadores, clube e torcedores. Todos pensando só no bem do clube vai inspirar muita gente. Eu sou carioca e o Vasco é um clube gigante, merece respeito, e por isso estou aqui. O Abel me ligou, é um cara muito sério e pode ter certeza que quando ele te liga é porque é algo sério.

Investimento alto do Vasco
- Pra mim é motivação, me sinto honrado. Um clube do tamanho do Vasco e que fez esse investimento. Não chego pressionado pelo valor que investiram em mim. Mas chego com muita alegria.

Abel Braga
- Eu estava de férias viajando, o Abel me ligou e estranhei. Já trabalhei com ele. Ele disse “vou ser direto” e falou do projeto. Disse que o Vasco nunca mais seria o mesmo. E eu disse que queria participar desse projeto. Tenho 15, 20 anos para aproveitar o futebol é tenho que aproveitar os desafios. Daqui a pouco o futebol passa e quero viver tudo que tenho pra viver.

Mudança
- Eu continuo sendo o mesmo Léo, mas a gente encontra pessoas, adquire experiência e o fora de campo tem tudo a ver com o dentro de campo. A maneira como você trata as pessoas, eu trato todos bem e levo minha alegria pra dentro de campo. O futebol mudou minha vida. Se eu consigo trazer essa alegria no dia a dia eu consigo desfrutar do futebol.

Inspiração
- Minha inspiração, até teve essa brincadeira no meu antigo clube, que era Léo Alaba. Não é mais Léo Pelé, agora é Léo Alaba. Eu estudava muito o Alaba e o Thiago Silva. Estudava bastante o Thiago pela maneira de se comportar dentro de campo e o líder que ele é. E o Alaba, não por comparar futebol, técnica, mas da função de ser lateral e ir para a zaga e às vezes na seleção joga até de volante e meia. Um jogador que joga em várias posições. Isso foi me inspirando a cada dia e me fez crescer um pouco mais. A maneira de me comportar fora de campo. Por exemplo, o Miranda foi um cara que me ajudou muito, mostrou os posicionamentos, a maneira como é importante, a distância para o outro zagueiro. Tenho um carinho e um respeito muito grande por ele. Buscar evoluir tem que ser sempre, não só eu no futebol, mas você na imprensa também. Quando você chega no patamar que acha que está bom, pode aposentar. A vida não é dessa maneira.

Ceni
- Me falaram que ele [Rogério Ceni] não ficou muito contente com a minha saída. Eu me senti até honrado, quando você passa a ser importante assim para a equipe. Ele conversou comigo, foi pego de surpresa, porque ele não queria. Não sei se ele não sabia. Acho que foi comunicado em cima da hora com o negócio feito. Ele lamentou muito, mas sempre me respeito muito, me colocou para jogar. É um cara que eu tenho carinho e um respeito muito grande.

Fonte: ge