As perguntas e respostas sobre a reforma de São Januário
Um novo estádio de São Januário está no horizonte do Vasco. Nesta quinta-feira, o clube divulgou imagens e detalhes do projeto que foi apresentado à Prefeitura do Rio no processo de obtenção do potencial construtivo (que pode gerar os custos da reforma). No início da semana, o prefeito Eduardo Paes já havia assinado o projeto de lei relativo justamente ao potencial construtivo, que vai à Câmara dos Vereadores.
Com novidades como o próprio projeto de lei e as previsões de custos, datas e modelos de reforma, além da eleição do cruz-maltino (neste sábado, disputada por Leven Siano e Pedrinho) em pauta, o GLOBO esclarece as principais dúvidas que podem surgir nos próximos dias.
Qual será o projeto de reforma escolhido para São Januário?
O projeto apresentado nesta quinta foi o enviado à Prefeitura pela atual diretoria, com orçamento, memorial descritivo e previsão de receitas, documentação que garantiu o início do processo de transferência de potencial construtivo. O modelo é o que se popularizou nas redes como "caixotinho", idealizado inicialmente pela gestão Alexandre Campello em 2020, mas alterado e repensado significativamente, com a assinatura Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias.
A nova administração do clube associativo (que segue com a posse do estádio) terá de tomar decisões quanto à reforma. Poderão fazer alterações no projeto, mas se decidirem por outro, teriam de levá-lo à Prefeitura caso queiram utilizar do processo de transferência de potencial construtivo. Nessas novas conversas, teriam que demonstrar que o plano escolhido se adequa aos mesmos conceitos e regras do já apresentado antes da elaboração do PL. Tanto o atual quanto um possível novo projeto dependem, também, de licenciamento técnico.
O que é o potencial construtivo?
Trata-se do direito de construir além da própria área de seu terreno. No caso do Vasco, caso a transferência seja aprovada, o potencial de São Januário será transferido para regiões da Barra da Tijuca, onde outros interessados (que não o Vasco) pagarão para ganhar esse direito. Esses recursos financeiros direcionados ao cruz-maltino devem ser utilizados inteiramente na reforma do estádio. Uma possível transferência de potencial construtivo é viabilizada, entre outros fatores, por relevância social e econômica de equipamentos e instituições para a cidade — no caso da Colina, é uma obra que traz também uma revitalização para a região. É uma ferramenta que pode ser utilizada pelos outros clubes do Rio, possibilidade aberta pelo próprio prefeito.
O novo São Januário será na Barra da Tijuca?
Não. O potencial construtivo na Barra da Tijuca ficará com quem adquiri-lo — podendo ser vários compradores em várias regiões e empreendimentos, o que será negociado pelo Vasco. São Januário permanece no mesmo local, no bairro Vasco da Gama, na Zona Norte da cidade.
Quanto custará a reforma de São Januário?
O projeto apresentado nesta semana tem orçamento de R$ 506 milhões e vale para todo o complexo do estádio. Esse dinheiro seria captado no processo de transferência de potencial construtivo.
Qual o prazo da reforma?
O prazo estipulado é de três anos de obras.
Onde o Vasco jogará?
Atualmente, o cruz-maltino se prepara para apresentar uma proposta na licitação da concessão a longo prazo do Maracanã.
Quando as obras começam?
A decisão ficará a cargo da nova administração, caso o projeto atual siga adiante. A atual diretoria tem como "sonho" o início das obras em abril de 2024, quando a Resposta Histórica completa 100 anos. Mas o processo dependeria, também, da transferência de potencial construtivo.
O projeto de lei do potencial construtivo será encaminhado para a Câmara de Vereadores do Rio e precisa passar pelo presidente da casa, Carlo Caiado (PSD), além das comissões pertinentes. Depois, entra na fila de pautas a serem votadas. Caso aprovado, vai para a sanção do prefeito. Posteriormente, para processos de licenciamento técnico. Todo esse trâmite levará meses.
Qual será a capacidade do novo São Januário?
O projeto prevê capacidade para 47.838 torcedores. Mais que o dobro dos 21.880 atuais. Eles seriam divididos da seguinte forma: 32.743 nas arquibancadas, 10.258 nas cadeiras, 1.130 nos espaços lounges, 378 nos camarotes coletivos, 210 nas frisas, 133 nos camarotes tradicionais e 123 nas tribunas. Veja mais detalhes do projeto aqui.
Fonte: Agência O GloboMais lidas
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