Aproveitamento vascaíno em casa é um dos piores da história
Sem jogar desde a parada para a Copa América por conta de lesão, o uruguaio Martín Silva é aguardado com ansiedade pelo torcedor vascaíno contra o Palmeiras, às 18h30m. Mas outro reforço, até mais importante do que o goleiro, tem chances de reaparecer hoje em São Januário: o fator casa. Com uma campanha pífia até agora dentro de seus domínios, o time tenta dar a volta por cima e reativar seu caldeirão.
Neste Brasileiro, a famosa música cantada pela torcida que chama São Januário de caldeirão caiu em desuso. Foram cinco jogos no estádio: duas derrotas, dois empates e somente uma vitória. O aproveitamento de apenas 33,3% no campo que conhece melhor do que qualquer outra equipe ajuda a entender porque o time luta desesperadamente para fugir da zona do rebaixamento.
— Não vamos falar em rebaixamento, Não existe essa palavra aqui — ameniza o volante Serginho. — Dentro do nosso elenco, sabemos do que somos capazes. Estamos vivenciando, ou estávamos, um momento um pouco incômodo. Prefiro frisar isso. Não é demagogia. É que não gosto dessa palavra.
Não mencionar a palavra não muda a gravidade da situação. O Vasco chega a 15ª rodada com seu pior desempenho até agora na história dos pontos corridos da Série A (empatado com a campanha de 2005). A má fase como mandante colabora para o cenário.
Mesmo nos anos em que foi rebaixado, o time fez campanha melhor em São Januário. Em 2013, conquistou 53,3% dos pontos disputados nas cinco primeiras partidas na Colina. Cinco anos antes, na primeira queda, foi ainda melhor: 80% de aproveitamento após cinco jogos. Números para ligar o alerta de que a situação precisa ser mudada imediatamente.
— Nós não merecemos estar onde estamos hoje. Ninguém fica feliz nessa situação, é claro que não. Eu, particularmente, não me sinto bem, mas sei que temos força para sair o mais rapidamente possível — concluiu Serginho.
A zona incômoda pode ficar para trás já no jogo de hoje. Se, enfim, fizer valer o mando de campo e derrotar o Palmeiras, e Santos e Goiás tropeçarem, o Vasco volta a respirar com a cabeça fora do Z-4. Mas, para isso, precisa mais do que nunca mostrar de quem é o Caldeirão.