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Apresentadores comentam mudanças no "Só dá Vasco"

Sérgio Nogueira, que passou a apresentar o programa "Só dá Vasco", veiculado na Rádio Bandeirantes, agradece o convite feito por Márcio Santos, com quem dividirá a tarefa.

O jornalista, que foi o primeiro apresentador do "Casaca no Rádio", programa oficial do Vasco na gestão do ex-presidente Eurico Miranda, prega a paz e o respeito entre as pessoas que têm visões diferentes sobre a política do Gigante da Colina.

"É concretizar alguma coisa que você conversou comigo já há muito tempo. Agora realmente me engajei nesse projeto. Acho perfeitamente válido, vindo eu, que tive a oportunidade de começar um programa oficial do clube e trabalhar com pessoas jovens que conheci, as quais tive sempre o maior respeito e carinho, por Eduardo Maganha, Eduardo Lopes, João Carlos Nóbrega, José Fernando, pela Lena, pelo Lula, Luiz Cosenza, pessoas que tenho o maior carinho e a maior atenção, já que eles me deram o maior apoio naqueles dois anos que fiz o programa oficial do clube. Em seguida saí e tive o prazer agora de você me convidar. Dentro desse teu projeto achei uma coisa sensacional, muito bacana. Estou junto porque, acima de tudo, eu sou Vasco. Fiz sempre o programa por amor ao clube. Aquelas pessoas que trabalharam comigo sabiam disso. Dessa mesma forma vou proceder. Acima de tudo, não existem inimigos, existem vascaínos, que ocasionalmente podem estar em lugares opostos, mas que, na verdade, todos querem o bem maior, que é o nosso clube do coração, o Vasco da Gama. Muito obrigado pelo convite. A partir de hoje vamos tocar o nosso bonde para a frente".

Márcio Santos sugeriu o nome de Sérgio Nogueira para trabalhar na assessoria de imprensa do Vasco, ser o apresentador do novo programa oficial do Vasco, que ainda não foi definido, e o locutor em São Januário.

O programa desta terça-feira (08/07) teve uma homenagem ao saudoso Paulo Osório Lara de Carvalho Filho, que faleceu na noite do dia 28 de junho, sábado no qual Roberto Dinamite foi eleito presidente do Vasco. Kodai, que na Internet contribuiu com vasto material sobre o Gigante da Colina, completaria 33 anos no próximo sábado (12/07) e era um dos idealizadores do "Só dá Vasco", que completou três anos justamente no dia 28.

Márcio Santos informa que o programa passa a não ter mais conotação política, abrindo o mesmo espaço para membros da Situação e Oposição.

"Em relação ao procedimento do programa Só dá Vasco a partir de agora, pretendemos fazer um programa apolítico. Não pretendemos mais ter uma conotação política no programa. Queremos fazer um programa propositivo e, como inclusive é o mote, o Vasco em primeiro lugar. Não queremos ter mais barreiras e bandeiras de Situação e Oposição, pautando quem fala ou deixa de falar no programa. Não queremos ter essa questão. Hoje em dia, sabemos que por tudo que lutamos, seríamos, em um plano teórico, considerados como Situação. Mas queremos até nos despir desse manto de Situação. Queremos sim, ter o manto de independência, como já era antes e sempre foi um propósito do programa, aonde o que estiver certo vai ser aplaudido, e o que estiver errado vamos criticar. Como sempre foi, independentemente de ser agora pessoas muito próximas de nós e que apoiamos a candidatura, que estão lá à frente. Não temos que nos pautar e nem colocar dirigentes em primeiro lugar. Temos que colocar o Vasco. Colocar o Vasco em primeiro lugar é isso. Mostrar o que está certo e dar dicas para que o que está errado seja consertado. Em cima disso, a gente precisa ouvir sempre os dois lados, como sempre o bom jornalismo manda. A gente ter o fato e ouvir os dois lados da moeda. E também algo mais importante. Fazermos uma abordagem sempre com o Vasco em primeiro lugar. Dessa maneira, com certeza vamos estar alcançando o nosso alvo, objetivo enquanto vascaínos".

Sérgio Nogueira comenta.

"Em função do que você me passou, dessa premissa que deseja fazer e vai fazer com esse programa Só dá Vasco, onde teremos, a partir de agora, um programa sem fundo político, no sentido de Situação e Oposição. Teremos a independência de entrevistar quem quisermos, seja de Situação ou Oposição, fugindo do que podia se pensar ou podiam pensar, de ser um programa para baixaria, criando caça às bruxas, por exemplo, de dizer coisas que acontecem no clube. Não é a finalidade desse programa e por isso me engajei nele. Para vir para fazer baixaria, estou fora. Não é o meu sentido. Eu sou Vasco e acho que só se cresce com o clube e se faz o clube crescer se tivermos posturas, acima de tudo, honestas, e que se possa levar para a torcida do Vasco coisas positivas, desejo de melhorias. Não adianta vir para ficar falando de fulano, sicrano e beltrano. Isso não leva a nada, não soma nada e não vai fazer com que o Vasco cresça. Muito pelo contrário".

"Essa postura do programa, sendo a partir de agora independente, sem ter a obrigação de ser pautado por Situação e nem Oposição, nos dá inteira liberdade e tranqüilidade de convidarmos quem quisermos para vir expor as suas idéias. Deixando bem claro que a responsabilidade é de cada um por aquilo que fala. Não teremos responsabilidade sobre um convidado que venha e exponha alguma baixaria que ele resolveu em cima da hora, porque não iremos pautar a pessoa. Nem tem razão para isso. Temos um sentido democrático de trabalho. Não queremos ser responsabilizados sobre coisas que uma outra pessoa fale. Essa pessoa que vier será responsável, de todas as maneiras, por aquilo que disser".

Em um de seus comentários, o radialista foi enfático ao demonstrar o lado apolítico.

"Acredito que essa nova diretoria vai realmente ter que se empenhar e trabalhar a fundo. Aliás, quando por ocasião da posse, a nova diretoria me prometeu que já teriam alguns empresários prontos a colaborar, algumas empresas prontas a colaborar. Acho que isso se faz necessário imediatamente, dentro da maior urgência possível, porque me parece que a situação de ordem financeira é um pouco difícil no clube, no momento. Se faz necessário a presença dos grandes vascaínos que se engajaram nessa postulação do Roberto Dinamite à presidência do Vasco da Gama. E conseguiu. Que eles efetivamente ajudem, para que o clube possa se reerguer, ser forte novamente e ter esportes fortes, principalmente o futebol, porque o carro-chefe do Vasco é o futebol. Os outros esportes são complemento. A não ser o remo, que é estatutário. O remo é um esporte que faz parte do Estatuto do Vasco".

Antônio Lopes Caetano Lourenço, que era o vice-presidente de desportos aquáticos na gestão de Eurico e foi candidato a segundo vice-presidente geral da Situação, encabeçada por Amadeu Pinto da Rocha, deverá ser entrevistado no programa da próxima terça-feira (15/07).

Fonte: Vasco Expresso