Futebol

Aposta: Boca (Povão, como o Vasco) x River (Popular, como o Flamengo)

Não precisa ser carioca para entender a enorme rivalidade entre Flamengo e Vasco. Apesar estar há pouco tempo na Gávea, os argentinos Maxi Biancucchi e Hugo Colace já foram alertados pelos companheiros sobre a importância de vencer o clássico, domingo. Recuperado da contusão na coxa esquerda, o atacante Maxi diz estar pronto para voltar. Já Hugo espera por um documento para ser inscrito na CBF.

O técnico Joel Santana, que não contará com Souza, suspenso, e Ibson, machucado, disse ter esperanças pela recuperação do zagueiro Fábio Luciano, que se machucou nos 3 a 1 sobre o Cruzeiro (sentiu a coxa esquerda) e será reavaliado hoje para saber se terá condições de jogo. Roger, segundo o preparador físico Ronaldo Torres, só será liberado para enfrentar o Juventude, dia 23.

“Já ouvi dizer que este jogo é igual a River Plate e Boca Juniors: cheio de rivalidade. Isso me instiga ainda mais. Quero muito estar em campo, mas vai depender do técnico a decisão de me escalar”, disse Maxi, que passará por uma reavaliação médica hoje, antes do treino.

Joel Santana disse ser ‘improvável’ a escalação de Maxi, pôs o destino de Roger nas mãos do preparador físico, e elogiou as atuações de Juan, Léo Moura e Toró, que pode ganhar outra chance.

Hugo jogou com Conca na Sub-20, quando descobriu que o compatriota é sonâmbulo. “Ele tem de ser bem marcado, porque não dorme em campo”, avisa.

A presença da filha, Maria Eduarda, no treino preparatório para o jogo contra o Cruzeiro, foi o primeiro sinal de que tudo daria certo. O lateral Leonardo Moura gosta de dizer que a pequena lhe traz sorte. Mas a mensagem do psicólogo Paulo Ribeiro, que preparou DVD com imagens de Ayrton Senna para inspirar os jogadores, foi de fundamental importância.

“Foi uma coisa muito bonita. O objetivo era dar força para mim e o Renato Augusto, porque nós dois não estávamos muito bem em campo. E deu tudo certo”.

Léo Moura, que participou de dois gols e ainda fez um golaço contra o Cruzeiro, agradeceu também a ajuda dos companheiros. “As jogadas pelas laterais são nossas melhores armas ofensivas. Dá certo porque todos ajudam”, acredita.

Para tudo ficar ainda melhor, o lateral espera que o Flamengo derrote o Vasco e, finalmente, entre na competição por uma vaga na Sul-Americana ou até mesmo Libertadores.

“Vencer o Vasco vai dar moral para tentar superar o Juventude fora de casa e subir de vez na tabela . E se a gente puder atrapalhar o Vasco, melhor ainda”.

Time está em alta no Maracanã

Os números falam mais alto e animam: no Maracanã, o Flamengo tem sido imbatível. Nos últimos nove jogos, venceu sete e empatou dois. Nos 24 jogos disputados em todo Brasileirão, o Rubro-Negro fez 38 gols e levou 38.

Mas se apenas fossem contabilizados os números de seus jogos com mando de campo, a equipe estaria em posição muito melhor na tabela (ocupa 14ª colocação). No Maracanã, o time de Joel Santana fez 25 gols e sofreu 14 (11 de saldo).

“Jogar em casa é outra coisa. A torcida empurra o time. Todo jogo é uma final, ainda mais contra o Vasco. Por isso, espero casa cheia e muito apoio no domingo”, torce Léo Moura.

Joel Santana também destaca a vantagem de jogar no Maracanã, mas lembra que, em clássico, tudo se equivale. “O Vasco está melhor do que a gente, mas em clássico tudo pode acontecer. Temos de fazer o dever de casa bem feito”, pediu o treinador.

Contra o Vasco, Obina pode fazer seu último jogo este ano. O atacante será julgado terça-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa de uma agressão ao zagueiro Índio, do Internacional. O jogador foi indiciado no artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (agressão). O ‘Anjo Negro’ corre o risco de pegar de 120 a 540 dias de suspensão.

Fonte: O Dia