Após vender Paulinho, Vasco ainda busca recursos e não planeja reforços
Desde quando a joia quebrou o braço esquerdo, Zé Ricardo tem optado por Rildo ou Evander na ponta esquerda. O elenco não será reforçado, de acordo com o presidente
O Vasco concretizou nesta semana a maior venda de sua história: negociou o atacante Paulinho com o Bayer Leverkusen por R$ 76,7 milhões. Mesmo assim, perdendo sua maior joia dos últimos anos, o Cruz-Maltino não irá ao mercado em busca de reposição. O foco da diretoria será diminuir problemas financeiros.
Do total, o Vasco repassará 10% de comissão ao empresário Carlos Leite. O que sobrar, não será investido em reforços para o futebol. O presidente Alexandre Campello admitiu, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, que ainda precisará, inclusive, de mais receitas até o fim do ano para não ter mais problemas financeiros.
Desde quando Paulinho quebrou o braço esquerdo, durante o empate em 0 a 0 com o Cruzeiro, pela Libertadores, o Vasco disputou cinco partidas: venceu uma, empatou três e perdeu duas. Zé Ricardo fez mudanças na equipe titular, e Rildo e Evander foram testados na ponta esquerda, posição em que a joia atuava.
O treinador também testou utilizar Rafael Galhardo na lateral direita, avançando o também lateral Pikachu para a ponta. Assim, Wagner é deslocado para o lado esquerdo. Diante do Racing, porém, Rildo foi o escolhido para jogar na vaga de Paulinho. E assim deve ser até o fim do ano.
- Vamos utilizar o dinheiro para conseguir manter o clube funcionando, mas não é o suficiente para passar o ano, que se bote para dentro mais receitas. Óbvio que isso vai trazer um desafogo importante para o clube, mas não é o suficiente. É importante que a gente continue trabalhando para conseguir patrocínio, torcedor... - disse Campello nesta sexta-feira.
Para conseguir pagar todas as suas contas sem novos problemas, como atrasar salários, o Vasco precisaria vender "mais um Paulinho" até o fim do ano, explicou o presidente.
Com o dinheiro da joia, o Cruz-Maltino vai:
- Pagar três meses de salários atrasados (dois de 2017 e um de 2018), que giram em torno de R$ 15 milhões;
- Pagar cerca de R$ 26 milhões de dívidas à Receita Federal;
- Repassar os R$ 10 milhões emprestados por Carlos Leite, empresário de Paulinho, no início do ano.
Fonte: geMais lidas
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