Após três meses de internação, Bruno Rios, ex-Vasco, recebe alta
O atacante Bruno Rios, que fez parte do elenco do União Mogi, e base do Corinthians, Vasco, Portuguesa e Seleção Brasileira, recebeu alta na última quinta-feira e descansa em casa. O jogador foi diagnosticado com aplasia de medula óssea, doença causada pela diminuição de plaquetas no sangue do indivíduo, e ficou internado em estado grave por três meses.
No hospital, o medicamento principal do tratamento de Bruno foi o Atgan, que podia anular a necessidade do transplante de medula óssea. De acordo com informações do pai do jogador, Ivair Rios, o remédio leva de 15 dias a três meses para fazer efeito. Com o jogador foram precisos 55 dias para que a medicação reagisse, tempo considerado ótimo pelos médicos.
- A medicação reagiu bem, o que pode ajudar a evitar o transplante de medula óssea futuramente - conta o pai do jogador.
Ainda de acordo com o pai de Bruno, a sua saúde não está totalmente estabilizada, mas os médicos responsáveis pelo tratamento deram alta para que pudesse evitar uma futura infecção hospitalar.
Mesmo em casa, Bruno possui algumas restrições para este primeiro mês fora do hospital. Os médicos pediram que ele não tenha contato direto com as pessoas, utilize máscara, não saia de casa e nem receba grande número de visitas, até que esteja melhor e com a saúde normalizada, já que se trata de uma doença grave.
Bruno está andando, conversa e se alimenta normalmente, mas tem uma restrição alimentar sugerida pelos médicos que se resume a alimentos que possam trazer bactérias.
Carreira
De acordo com Ivair, o atacante de 23 anos disse ao pai que não pensa em desistir do futebol profissional. Ainda que tenha levado um grande susto com a doença, usará a experiência para se motivar e se aperfeiçoar dentro de campo.
- O Dr. Luiz Fernando Pracchia, que acompanha o caso do Bruno, disse que ele é muito forte e aguentou a pressão da internação. Disse também que ele quebrou a estatística médica do hospital, que se surpreendeu com a garra do meu filho - conclui Ivair Rios.
Os médicos se surpreenderam pelo fato do jogador não ter ficado com nenhuma sequela, não ter sofrido nenhuma infecção e ter se recuperado rapidamente, já que é uma doença que se constuma levar mais tempo na recuperação. Por ser jovem e atleta pode ter sido fundamental para a sua reabilitação.
*Colaborou Thayana Alvarenga, sob a supervisão de Petterson Rodrigues
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