Após reunião com CBF, Bom Senso F.C sai desanimado e traça plano B
Os atletas que representaram o Bom Senso F.C. não saíram animados do primeiro encontro com dirigentes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Embora tenha ouvido a promessa de uma nova reunião, a comissão de atletas deixou o prédio da entidade com a sensação de que José Maria Marin e Marco Polo del Nero estão mais preocupados com o efeito político do movimento, que já reúne 800 atletas, segundo o dossiê divulgado pelo grupo na última segunda.
O encontro reuniu os dois cartolas e o advogado da CBF, Carlos Eugênio Lopes, e os jogadores Paulo André, Dida, Cris, Juninho Pernambucano e Seedorf, além de João Chiminazzo, advogado do Bom Senso. A conversa serviu para os jogadores apresentarem o dossiê elaborado pelo grupo e seus parceiros sobre as mudanças necessárias no futebol brasileiro.
Os dirigentes não deram nenhuma resposta concreta, como informou o blog do Juca Kfouri, na última segunda. Questionados, os cartolas disseram que não poderiam tomar nenhuma decisão unilateral e pediram duas semanas para conversarem com TV's, clubes e patrocinadores.
Na visão dos atletas, uma mudança real exigiria uma postura mais decidida da CBF, tomando as rédeas da situação e enfrentando, eventualmente, as federações estaduais. O contato inicial, porém, não deu essa impressão aos atletas. Em dado momento do encontro, Juninho Pernambucano chegou a dizer aos cartolas que jogadores veteranos como ele não poderiam ser os destaques do Campeonato Brasileiro, como chegou a ocorrer neste ano.
Até pela resposta recebida no primeiro encontro, os atletas começam a trabalhar com um plano B, já que o pedido do Bom Senso foi, inicialmente, tentar uma resolução pelo diálogo. Nas próximas semanas, os jogadores devem traçar estratégias para uma eventual negativa da CBF, para que o movimento consiga um resultado mais concreto.
Fonte: UOL Esporte