Após drama na Copa do Brasil, Vasco tenta apagar má impressão
Alberto Valentim chegou ao campo de treino em Vargem Pequena e cumprimentou a imprensa com a cordialidade habitual: “Buongiorno”, uma herança dos tempos de jogador, das temporadas de futebol italiano. A simpatia convive com o fato que corre como unanimidade no vestiário desde a noite de quarta-feira: pegou mal para o Vasco a classificação sofrida para a segunda fase da Copa do Brasil, graças a um pênalti duvidoso a favor do time.
O empate em 2 a 2 com a Juazeirense (BA) manteve a equipe invicta, mas trouxe à tona as atuações pouco convincentes neste começo de temporada. Assim como ocorreu ano passado, quando conseguiu manter o Vasco na Série A sem empolgar, Valentim volta a ter a cobrança por um desempenho mais condizente com os resultados.
A repercussão ruim foi tão grande que Maxi López foi escalado para comentar a quase tragédia no interior baiano. Diferentemente do que disse imediatamente depois do jogo, ele admitiu que a atuação do Vasco não agradou. Mas estava lá para fazer o papel de bombeiro.
- A análise que eu faço e que o time faz é que são seis jogos, com cinco vitórias e um empate. O Vasco passou para o próximo jogo. Para mim, é muito importante continuar nesta sequência positiva. Apesar de não ter jogado da melhor maneira, acho que a gente está construindo uma coisa muito boa, que é a preparação para o Brasileiro.
No entendimento do Vasco, o campo de jogo foi determinante para que o time tivesse tantas dificuldades para empatar com o adversário da Série D. Condições adversas têm se repetido neste começo de temporada e servem de argumento para o grupo se defender das críticas - além do gramado ruim de Juazeiro, o Vasco atuou duas vezes sob o forte calor do verão carioca, nas vitórias por 1 a 0 sobre Madureira e Portuguesa.
A partida de domingo, contra o Resende, será mais uma oportunidade para o Vasco mostrar que é capaz de conciliar resultados com atuações convincentes, especialmente neste começo de temporada, contra adversários, na maior parte do tempo, bem inferiores tecnicamente. Maxi López afirmou que a cobrança por melhor desempenho existe internamente. O que consola o argentino é a sensação de que o grupo está comprometido em melhorar.
- Esses momentos difíceis são bons para testar o caráter do time. Está todo mundo ligado, querendo, treinando. Eu sei e o treinador também sabe. Isso é importante para fazer um grupo mais forte no dia a dia.
Fonte: ExtraMais lidas
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