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Após críticas, defesa dá sinais de melhora

"Temos que sentir essa dor". A frase é do técnico Zé Ricardo após a perda do título carioca para o Botafogo, domingo, no Maracanã. Apesar de abatido, ele adotou um discurso ameno, de valorização da campanha feita pelo Vasco, reconhecimento do mérito do adversário e tentativa de mirar no início do Brasileiro. Será preciso juntar os cacos e seguir adiante.

- Estamos machucados, mas a vida precisa continuar - afirmou.

Desgastado física e mentalmente, o elenco terá dois dias de folga e se reapresenta na quarta-feira. Será um recomeço, agora com o foco na partida contra o Atlético-MG, dia 15, em São Januário, que marca a estreia no Brasileiro. Quatro dias depois, tem duelo com o Racing, na Argentina, pela Libertadores.

O desafio de Zé Ricardo e sua comissão - agora sem o principal jogador, Paulinho - será resgatar a autoestima e confiança do elenco e seguir lidando com os problemas do dia a dia, como as promessas não cumpridas de pagamento de salários. Mas o técnico afirmou que não existe terra arrasada, já que as metas traçadas até este estágio do ano foram parcialmente cumpridas.

- Nosso grande objetivo era classificar para a fase de grupos e sermos campeões estaduais. Depois, com a confiança, tentar pontuar bem na Libertadores e Brasileiro até a parada Copa, quando faríamos um novo planejamento. É um momento de recuperação, seria muito importante para o clube. Fomos no nosso limite, mas acabou faltando um pouquinho. Agora é começar bem no Brasileiro - disse o treinador.

Apesar dos anseios dos torcedores por novas peças, principalmente por um centroavante para tomar conta posição, a tendência é de que as principais mudanças no time sejam ocasionadas pelo retorno de jogadores que estão em recuperação.

- Acho que os reforços estão dentro do clube. Breno, Ramon, Kelvin, Marcelo Mattos, Paulinho, Rildo, Giovanni (Augusto). Antes de qualquer análise de mercado, vamos dar bastante força ao nosso grupo.

Contratado no início de março, o volante Bruno Silva ainda não fez sua estreia. Ele não estava inscrito no Carioca, mas foi relacionado para o jogo contra o Cruzeiro, pela Libertadores.

Apesar do fracasso vascaíno na decisão, alguns jogadores terminam a competição em alta, com Desábato, Pikachu, Martín Silva e Henrique, apesar de ter perdido o último pênalti da disputa. Há também os que caíram na cotação dos torcedores, como Fabrício, expulso na final e que vinha de atuações ruins, apesar de ter sido herói contra o Fluminense. Apesar de ter ido bem nos três jogos que participou, Giovanni Augusto virou uma incógnita ao ter duas lesões.

Antes titular, Andrés Ríos virou reserva. Apesar de ser uma peça constantemente utilizada no decorrer das partidas, acabou perdendo um pouco de espaço. Seu contrato termina no meio deste ano e não há sinalização da diretoria de um desfecho pela permanência.

Defesa dá sinais de melhora

O sistema defensivo foi o calcanhar de Aquiles até agora na temporada. O time é o que tem a maior média de gols sofridos entre os que disputam a Série A, e as críticas acabaram recaindo sobre a dupla Erazo de Paulão. Principalmente em cima de Paulão, cujas falhas ficaram mais claras, como no primeiro jogo da final, contra o Botafogo.

Contra o Cruzeiro, pela Libertadores, e na decisão de domingo, a defesa deu sinais de melhora, com boas atuações individuais de Paulão e Erazo. Fabrício e Rafael Galhardo, embora não tenham tido participações de destaque, contribuíram para um problema que incomodava: os gols sofridos em bolas aéreas. Eles são mais altos do que Pikachu e Henrique e conseguiram fazer melhor a cobertura dentro da área neste tipo de lance.

Fonte: ge