Após acesso a primeira divisão, xará sul-africano busca melhor infraestrutur
Na Cidade do Cabo está longe de ser uma potência do futebol sul-africano. Mesmo assim, possui três equipes na Primeira Divisão do futebol nacional, sendo que duas delas são homônimas de clubes tradicionais do futebol brasileiro. Além do Ajax, franquia do time holandês, Santos e Vasco da Gama do Cabo são os representantes na Premiere League sul-africana.
Mas as coincidências com os clubes do Brasil ficam apenas no nome. Eles não possuem nenhuma relação com os xarás famosos. Nomes iguais, mas com tradição e estrutura bem, mas bem, inferiores. O Peixe sulafricano está na Primeira Divisão há alguns anos, terminou na quarta posição na temporada passada e já foi campeão uma vez, em 2001/2002.
O clube foi fundado em 1982, por pessoas que moravam na região. Aos poucos foi crescendo até chegar à Divisão principal. Mas nós não possuímos muitos recursos. Nossos atetas são basicamente daqui e alguns estrangeiros de outros países africanos, além dos garotos da base. Tentamos promover de dois a três por temporada explica Yusuf Gester, gerente de futebol do Santos.
Já o Vasco possui um modelo de gestão diferente. A equipe vai disputar a Primeira Divisão pela primeira vez a temporada começa em agosto e possui 29 donos. Isso mesmo! Um grupo de 28 acionistas portugueses comprou há três anos o Strandfountein, que estava na Terceira Divisão.
Como todos frequentavam o clube Vasco da Gama, no bairro de Parrow, que possui uma enorme colônia portuguesa, resolveram mudar a identificação. E deu certo. Conseguiram dois acessos em três anos e agora têm a missão de permanecer na elite do futebol no país da Copa. O único acionista que não é português é Mario das Neves, sul-africano, que é também o... técnico do time!
Sei que não é uma coisa comum, mas estou no comando desde o início, consegui bons resultados e já mostrei que posso trabalhar nas duas funções. Não há interferência explica Mario, que é o único dos acionistas a receber alguma quantia, por causa do seu trabalho de técnico.
O Vasco sul-africano está à procura de um patrocinador. Por enquanto, a única receita do clube são os R$ 250 mil mensais que cada equipe recebe da federação, que repassa igualmente para os 16 clubes da Premiere League as cotas de TV não há diferença de valor entre os maiores e menores clubes. A folha salarial do time é baixa, não supera os R$ 5 mil por atleta, e a presença de público nos jogos também é pequena no máximo três mil pessoas por jogo.
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