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Apesar da expulsão, torcida cantou o nome de Carlos Alberto

A boa atuação do primeiro tempo e a superação após o intervalo valeram os três pontos.

Prejudicado pela expulsão de Carlos Alberto no último minuto da primeira etapa, o Vasco conseguiu, com um a menos, manter a vitória por 1 a 0, com gol de Zé Roberto, sobre o Vitória, ontem, em São Januário. O resultado valeu um salto de quatro posições na tabela, e o time ocupa agora a 11aposição, com 17 pontos.

Ainda invicto desde que o Brasileiro recomeçou após a Copa do Mundo, o Vasco enfrenta, no próximo domingo, o Grêmio Prudente, fora de casa.

Ao fim da partida, os quase 15 mil pagantes em São Januário fizeram uma grande festa pela vitória, cantando os nomes do técnico PC Gusmão e do capitão Carlos Alberto, apesar da expulsão.

— Sabíamos que ia ser complicado o segundo tempo. Todos se sacrificaram. Não tínhamos alternativa, todo mundo tinha que voltar para marcar e fizemos. O time está se encontrando, vamos ver se encaixamos duas vitórias seguidas para dar um salto ainda maior na tabela — resumiu o goleiro Fernando Prass.

O Vasco entrou em campo sem o quarteto ofensivo ensaiado nos treinos durante a semana. O técnico Paulo César Gusmão preferiu deixar Éder Luís no banco e manter o trio de volantes Nílton, Rafael Carioca e Rômulo no meiocampo.

No ataque, Carlos Alberto e Zé Roberto se revezavam para não deixar a área adversária despovoada. Assim como já ocorrera contra o Flamengo, Felipe fez algumas jogadas no começo da partida, mas depois caiu de produção

Expulsão boba Com tendência natural de Carlos Alberto de voltar para buscar jogo, coube a Zé Roberto jogar mais enfiado entre os zagueiros, o que deu certo no lance do gol. Impulsionado pela torcida, o Vasco começou bem, e quase marcou aos seis minutos, quando Carlos Alberto acertou o travessão numa cobrança de falta.

O Vitória tentava marcar no campo adversário, e assustou em chute de Soares aos nove minutos. Aos poucos, o time da casa foi conseguindo se impor e chegou ao gol aos 23 minutos, numa bela trama coletiva.

Felipe tocou para Rafael Carioca, que de primeira rolou para a descida de Max pelo lado esquerdo. O lateral bateu cruzado e Zé Roberto, como um típico centroavante, desviou para o gol.

Com a vantagem, o Vasco diminuiu um pouco o ritmo. Os laterais Fágner e Max, com boas atuações, eram os responsáveis pelos principais lances ofensivos.

No último minuto do primeiro tempo, Carlos Alberto complicou a vida do Vasco. Ele foi atingido pelo zagueiro Wallace e reclamou com o árbitro de que era a terceira falta que sofria.

Pela reclamação, Carlos Alberto levou o cartão amarelo e, ironicamente, aplaudiu o árbitro Wallace Valente, que mostrou o segundo amarelo e expulsou o jogador, deixando o Vasco com um a menos.

Com o meia Renato e o atacante Henrique nos lugares de Bida e Elkeson, o Vitória voltou tentando ser mais agressivo, mas a primeira boa chance foi do Vasco, em contra-ataque.

Aos oito minutos, Rômulo exigiu boa defesa de Lee num chute de fora da área.

Aos poucos, o Vitória conseguiu fazer prevalecer a vantagem de um jogador a mais.

Mesmo com muito mais posse de bola, porém, tinha dificuldade de penetrar na defesa vascaína.

Com boa atuação de sua linha defensiva e muito esforço do trio de volantes, o Vasco conseguia se proteger bem.

Felipe e Zé Roberto, cansados, deram lugar a Éder Luís e Fumagalli, mas o contra-ataque do time da casa era praticamente inexistente.

Vasco: Fernando Prass, Fágner, Fernando, Dedé e Max; Nílton, Rafael Carioca, Rômulo e Felipe (Éder Luís); Carlos Alberto e Zé Roberto (Fumagalli).

Vitória: Lee, Jonas, Wallace, Anderson Martins e Egídio; Vanderson, Bida (Renato), Ricardo Conceição e Elkeson (Henrique); Soares (Renan Oliveira) e Schwenk. Juiz: Wallace Nascimento Valente. Cartões Amarelos: Carlos Alberto, Dedé, Lee, Wallace, Soares, Egídio, Schwenck e Henrique.

Cartão Vermelho: Carlos Alberto.

Renda: R$ 313.995,00. Público: 14.062 pagantes.

Fonte: Jornal O Globo