Futebol

Antônio Lopes: "Não tem que ligar pra isso"

Antônio Lopes, técnico do time na Libertadores de 1998 e no Carioca de 2003, últimos títulos do Vasco nos dois torneios, aconselha Cristóvão a continuar sem dar importância para as vaias e os xingamentos da torcida. Pós-graduado em pressão de torcida em São Januário, o ex-delegado não lembra de ter passado por situação parecida - embora tenha sido marcada sua última passagem até com faixas de torcedores pedindo sua demissão, em 2008.

- O treinador tem que conviver com isso. Não há quem nunca tenha sido pressionado pelos torcedores. São apaixonados, querem ver o time ganhando e jogando bem. Mas tem que ficar tranquilo, não tem que ligar para isso, não - diz Lopes.

Para o treinador, de 70 anos, que não trabalha desde o rebaixamento com o Atlético-PR no fim do Brasileiro do ano passado, a insatisfação tem a ver com a perda da Taça Rio no último domingo para o Botafogo.

- A torcida deve estar pensando no penúltimo jogo também, na desclassificação no Carioca. A torcida se rebelou depois que o time levou o gol que a torcida não queria. Cristóvão é novo, está iniciando a carreira, mas foi jogador, amanhã ou depois vai ser aplaudido de novo - aposta o ex-técnico do Vasco.

Na campanha da Libertadores de 1998, com exceção da final contra o Barcelona de Guaiaquil (2 a 0, em São Januário), o Vasco só venceu com um gol de diferença no mata-mata. Venceu Cruzeiro por 2 a 1, Grêmio e River Plate por 1 a 0.

- Nessa campanha a torcida estava satisfeita com nosso desempenho. Começamos mal na primeira fase, mas depois o time se encontrou e fez belíssima Libertadores. Vejo o time de agora em condições de vencer a competição. É um bom e também tem bom plantel.

Fonte: Blog Jogo Extra - Extra