Futebol

Antidoping e resistência de dirigentes ameaçam C. Alberto

A notícia envolvendo a presença de duas substâncias proibidas no exame antidoping realizado pelo meia Carlos Alberto após o clássico contra o Fluminense, pela semifinal da Taça Guanabara, caiu como uma bomba nos bastidores de São Januário. O jogador já sofria resistência da diretoria para a renovação de contrato e o fato desagradável o aproxima do fim de ciclo no Vasco.

O compromisso atual do atleta termina em 2 de agosto. No entanto, ele será suspenso preventivamente por 30 dias e preocupa os dirigentes cruzmaltinos. De acordo com o TJD-RJ (Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro), o meia pode pegar até dois anos de suspensão se a contraprova der positivo. O procedimento acontece na próxima quinta-feira.

A situação deixou os dirigentes irritados e tornou improvável a renovação do vínculo com o camisa 10. O clube renegociou os oito meses de direitos de imagem atrasados, mas considera o custo-benefício de Carlos Alberto elevado para a atual realidade financeira. O jogador tem vencimentos na casa dos R$ 300 mil/mensais em São Januário. O rendimento apenas modesto em campo e o histórico de problemas recentes promoveram o recuo dos cartolas na tentativa de renovação.

De acordo com a Comissão de Controle de Doping do CBF, as substâncias encontradas no organismo de Carlos Alberto são “mascarantes” e podem esconder um possível doping, fato que o faria responder ao artigo 2º, item 2.1, do Código Mundial Antidoping, que aponta para “presença de uma substância proibida ou de seus metabólicos ou marcadores em uma amostra colida do atleta”.

O exame realizado pelo meia cruzmaltino após a vitória por 3 a 2, no dia 2 de março, apontou a presença das substâncias Hidroclorotiazida e Carboxi-Tamoxifeno. No entanto, segundo o departamento médico do Vasco, a confirmação da irregularidade não denota dolo por parte de Carlos Alberto. Os profissionais acreditam em contaminação da medicação ortomolecular utilizada pelo camisa 10 há mais de um ano e autorizada pelo clube.

O atleta não deve mais atuar pelo Cruzmaltino e encerrar o ciclo que começou em 2009 entre idas e vindas. Carlos Alberto disputou 118 jogos e marcou 25 jogos pelo clube carioca. Ele conquistou e foi o líder da campanha do time na Série-B de 2009.

Fonte: UOL Esporte