Antes desacreditado, Tenório da resposta à diretoria do Vasco em campo
Envolvido em constantes negociações do Vasco, Tenorio foi o herói na partida diante do Nacional-AM ao marcar os dois gols da vitória e encaminhar a vaga do clube para a próxima fase da Copa do Brasil. A boa fase responde às dúvidas da diretoria cruz-maltina quanto à qualidade do atacante e o deixa como o artilheiro da equipe.
No entanto, a tranquilidade nem sempre acompanhou o atacante desde que chegou ao Vasco, no ano passado. Em 2012, Tenorio jogou pouco por causa de uma grave lesão no tendão de aquiles e fez apenas quatro gols do Brasileirão, em 14 jogos. E, neste ano, por pouco não trocou São Januário pelo Palmeiras. Ele lembra a época ruim.
"O ano passado foi difícil para mim. É complicado para qualquer jogador, que não tem uma sequência e sofre com problema de lesão um atrás do outro. Mas fico feliz, dou graças a Deus por essa força que ele me deu. Lutei contra tudo. O apoio do torcedor vascaíno foi sempre a favor. Eu me recuperei e hoje tenho oportunidade", disse ele durante entrevista coletiva na última quarta-feira.
Em abril, René Simões, então diretor-executivo do Vasco, intermediava as conversas com a diretoria do Palmeiras. A intenção era envolver Tenorio em uma troca, que colocaria o atacante Maikon Leite no Vasco. Porém, os valores não agradaram o Palmeiras que, por sua vez, resolveu encerrar o caso.
A quantia que emperrou a ida de Tenorio ao futebol paulista trata-se de uma dívida adquirida pelo Vasco no ato da compra do jogador. Junto aos agentes, o clube pagou 600 mil dólares (cerca de R$ 1,2 mil) para viabilizar sua contratação e se comprometeu a pagar o mesmo valor no fim de 2012. O acordo não foi cumprido e a dívida vem se arrastando desde então.
Apesar dos problemas financeiros enfrentados pelo Vasco, Tenorio não pensa em sair. Pelo contrário. O jogador almeja renovar o contrato, que termina no fim deste ano, e conta também com o apelo da torcida para isso acontecer.
"O que os torcedores vascaínos já fizeram, às vezes, eu fico até impressionado. No Uruguai fui ídolo e no Catar a torcida também me adorava. Mas o que acontece comigo aqui é impressionante. Eu posso não marcar gol, mas atitude por querer ganhar vai ser sempre a mesma. Mesmo quando eu sair, vou continuar tendo um afeto muito grande por esse clube. Serei sempre agradecido a esta instituição", ressaltou ele.
Com dificuldades para trazer reforços, o técnico Dorival Júnior comemora a solução caseira.
Fonte: IgEsportesMais lidas
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