Futebol

Aniversariante do dia, Dinamite diz que Vasco vai tentar buscar seus direito

A eliminação do Vasco, que teve seu direito de tentar empatar o jogo da semifinal da Taça Rio contra o Flamengo por conta de um erro grosseiro do juiz, que deixou de apitar um pênalti visto até por Zico, Ronaldo Angelim e pelo próprio autor do pênalti, ainda dói no Vasco, que ainda não perdeu as esperanças de reverter a situação.

Em entrevista à Super Rádio Brasil, Roberto Dinamite, presidente do Vasco, disse que vai tomar providências para tentar resguardar os direitos do Vasco.

\"Estou completando 56 anos. Com saúde, que é importante, mas com muito trabalho, muita dedicação dentro daquilo que eu me proponho a fazer e buscando, a cada momento, dias melhores para todos nós. O importante, nesse momento de pedir alguma coisa, é ter saúde e equilíbrio necessário para seguir nossa vida de uma forma livre.\"

Ser presidente de um grande clube faz envelhecer mais rápido?
\"Envelhecer, eu vou envelhecer como todo mundo. Claro que o Vasco, como qualquer outra grande equipe, tem problemas. A gente tem que estar administrando uma série de coisas, mas a coisa mais difícil de administrar são os imprevistos, tanto os dentro da administração quanto dentro de um jogo de futebol. Coisas que não poderiam acontecer, acontecem. Isso gera uma série de outras situações. Você sai de uma disputa, você deixa de arrecadar, você tem problemas de outros aspectos, em outras áreas. Mas o importante é a gente continuar fazendo o nosso trabalho, buscando, a cada momento, melhorar, evoluir e torcendo para que essas pessoas tenham a responsabilidade, principalmente um árbitro de futebol, que tenha autoridade para comandar um espetáculo, um jogo, principalmente entre duas equipes anteriores, um clássico, que ele possa ter o equilíbrio necessário para ser imparcial e, com isso, fazer a função dele, que é ajudar a fazer um grande espetáculo. Infelizmente, isso não ocorreu no domingo. Não estou falando como perdedor, mas acho que todo mundo viu. [Dinamite se refere à cortada de Willians na bola] O Vasco poderia ter feito o gol ou não, mas o mínimo que ele deveria fazer é ter marcado o pênalti contra o Flamengo, que nos tirou a chance de estar disputando esse turno e, consequentemente, podendo chegar ao título. São coisas que a gente lamenta, em razão do trabalho que está sendo feito, da seriedade, da forma com está sendo feito e que, de repente, uma atitude errada atrapalha todo um trabalho que foi elaborado e que está sendo feito desde o início do ano.\"

Processo contra Rodrigo Caetano:
\"A parte jurídica do Vasco também já está vendo isso, porque não é admissível um presidente de arbitragem falar que, depois que todo mundo viu, que a televisão mostrou, para todo mundo, para todo o Brasil, ele dizer que não houve o pênalti, que não houve o toque. O próprio jogador, o próprio Willians fez a declaração dizendo que tocou na bola com o braço. Esconder o quê? Você tem uma situação em que você é prejudicado por um erro, você é prejudicado politicamente, você é prejudicado financeiramente. Aí, vem o presidente da Comissão de Arbitragem e diz que houve nada, que não houve pênalti. É um absurdo. O Vasco vai tomar, também, as medidas cabíveis, dentro daquilo que é legal e de direito do Vasco. O Rodrigo Caetano, quando ele falou, não falou o Rodrigo Caetano. Falou o Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Vasco da Gama e falou em nome do Vasco. A instituição não vai ficar de fora desse processo Eu já me coloquei à disposição. Falei hoje cedo com o Rodrigo antes do time viajar. Acho que temos que ter uma posição clara em relação a isso. Se eu estou errado, eu tenho que admitir que estou errado. Não posso achar que errei, cometi um erro e vou falar que não, não errei? A coisa não funciona desse jeito. Pega o vídeo do jogo, vamos mostrar o vídeo do jogo, para que as coisas possam ser mostradas de uma forma muito clara. Se não, daqui a pouco, o que acontece é que você é prejudicado, tem o erro, aí você já não pode falar nada, porque se você fala alguma coisa, você está indo, não contra o árbitro, mas contra a Comissão de Arbitragem. Se você fala alguma coisa que tem uma interpretação diferente você é chamado pelo tribunal. Nós vamos lutar e buscar aquilo que consideramos legal e de direito. Se o jogador, o atleta que cometeu o pênalti, fala: ‘Eu coloquei a mão na bola.’ Aí, vem, depois, o presidente da Comissão de Arbitragem e diz que não, que o juiz não errou, então o que é certo e o que é errado? Ele tem que provar que não houve o pênalti. Houve o pênalti, só o juiz que não marcou, não viu, não quis marcar. Essa coisa vai ter que ser esclarecida, sim. O Vasco vai tomar as posições cabíveis, dentro do que é de direito, buscando apenas o que é correto. Nós não queremos nada além disso. Nós temos que respeitar, mas temos que ser respeitados, também. A coisa não pode ficar impune. Já aconteceu uma vez, acontece a segunda, e daqui a pouco, passa a ser rotina. O Vasco não quer isso. O Vasco não precisa ser ajudado. O Vasco quer uma arbitragem isenta. Todo mundo sabe que eu fui jogador vinte anos. Joguei contra todas as equipes, tive vários árbitros que apitaram jogos do Vasco. Você sente, percebe... Aí, não é só o detalhe do pênalti a favor do Vasco. É o pênalti a favor do Vasco, é o goleiro levar três horas para bater um tiro de meta, é o jogador que é expulso, fica caído, e não se faz nada, o juiz fica esperando ele, dois minutos, levantar, para depois ir caminhando por dentro do campo, pela beira do campo. E depois dá dois minutos de desconto. São vários detalhes, várias coisas, que levam a essa situação. Infelizmente é prejudicial para o futebol. O que eu não desejo para mim, eu não posso desejar para os outros. O árbitro tem que estar ali isento, ele tem que ter a dignidade de estar apitando e buscando fazer o melhor. Agora, eu jamais vou defender uma atitude de um atleta meu se ele chegar e agredir alguém, falar ‘Não, ele não agrediu.’ Ele vai ser punido dentro daquilo que é legal, do que é o regulamento. Agora, não admito e não aceito essa atitude, com relação a esse jogo do Flamengo, que o próprio atleta faz a declaração, todo mundo viu, e ele vem falar que não houve toque de mão. A gente vai buscar aquilo que é do nosso direito. Vamos ver quem tem razão.\"

Fonte: -