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Análise: Vasco supera Volta Redonda e suas próprias oscilações em Cariacica

Foi com dose extra de drama que o Vasco manteve sua presença no G4 do Carioca. Sem jogar bem, o time superou o Volta Redonda e suas próprias oscilações para vencer por 2 a 1, em Cariacica-ES. Um triunfo que faz a equipe chegar à última rodada da Taça Guanabara dependendo apenas de si. Com 19 pontos, os cruz-maltinos decidem seu futuro daqui a uma semana, contra a Portuguesa, em São Januário.

O Vasco começou superior ao Volta Redonda. Mas não conseguiu aproveitar esta vantagem. Diante de um rival que não ameaçava e dava muito espaço para trocar passes, os cruz-maltinos conseguiram chegar com perigo pelos lados. Principalmente o direito. Só que deixaram a desejar no último toque ou na conclusão.

Na volta da parada técnica, o Voltaço se encontrou e por pouco não abriu o placar, quando Leo quase fez contra e acertou a trave. Lento na hora de atacar, o Vasco acabou salvo pela qualidade de Payet. Já aos 45 minutos, o francês levantou a bola na medida para Zé Gabriel acertar cabeçada certeira.

O gol, contudo, não mudou o cenário da partida. O Volta Redonda voltou do intervalo com mais intensidade e expôs as brechas da marcação vascaína. Mesmo jogando com três zagueiros, o time de Ramón Díaz era surpreendido com os avanços do ataque rival. E as defesas do goleiro Léo Jardim se tornaram ainda mais necessárias.

O goleiro fez o que pôde. E saiu de campo como um dos destaques. Ao todo, foram 11 defesas, o que dá o tom do tamanho do espaço dado pela zaga vascaína.

Em que pese a boa atuação, o goleiro não foi capaz de parar MV, que subiu livre na sua frente e cabeceou com força, aos 18 minutos. O jogador do Volta Redonda aproveitou a demora de Medel em retornar após um bote e atacou o espaço deixado atrás.

O lance foi a gota d’água para Díaz mexer. Pôs fim à trinca de zaga e promoveu a estreia de Sforza. Foi premiado quando o argentino participou da jogada do gol de desempate de Vegetti, aos 26. O estreante cabeceou a bola após escanteio de Payet. Na sobra, o Pirata não perdoou e escorou para dentro da linha.

A expulsão de MV, aos 40, liquidou a capacidade de reação do Voltaço e trouxe alívio para os vascaínos. Um drama que teria sido evitado caso o time não tivesse perdido tanto em intensidade na frente a partir da reta final do primeiro tempo e nem tivesse desperdiçado as chances criadas. Fica a vitória, mas também as lições.

- Muito feliz pela vitória, mas a gente sabe que não fizemos um bom jogo. Não jogamos o que estamos acostumados a jogar - admitiu Vegetti.

Fonte: O Globo