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Análise: Vasco precisa se desenvolver além do que já conquistou

São 16 jogos em 2019, com 11 vitórias, três empates e duas derrotas. Os números do Vasco na temporada seguem muito bons, mas não convencem inteiramente. O motivo ficou nítido na derrota por 2 a 1 para o Bangu, em São Januário, que complicou a classificação cruz-maltina para a semifinal da Taça Rio: os resultados podem ser louváveis no geral, mas o desempenho ainda está aquém.

Entre os times de menor investimento do Carioca, o Bangu é dos mais organizados. Não à toa, está na semifinal da Taça Rio e muito perto da classificação para a semifinal do Carioca. Em São Januário, foi o time que botou a bola no chão e conseguiu jogar. Um alerta.

Em diversas entrevistas, os jogadores e o técnico Alberto Valentim falam que o time tem uma identidade. De fato, até aqui, é possível notar uma defesa sólida e bom aproveitamento nas bolas paradas.

A produção ofensiva, porém, não é tão constante: a equipe é capaz de criar muitas chances, como no início contra o Resende, a ser quase que inofensiva como no segundo tempo do jogo com o Bangu, mesmo com quatro atacantes em campo.

O dilema do meio-campo

Há alguns gargalos a serem resolvidos no elenco. O meio-campo é o principal: Valentim se debate e alterna entre Thiago Galhardo e Bruno César, e nenhum dos dois, até agora, convenceu completamente. O plano B de utilizá-los juntos é interessante, mas também precisa ser melhor avaliado.

Essa dificuldade de se achar um armador faz com que o jogo do Vasco seja essencialmente pelos lados. Cáceres e Danilo estão bem, assim como Rossi e Marrony. Isso ajuda, especialmente num momento em que os dois principais centroavantes são mais finalizadores que participativos: casos de Tiago Reis e Maxi López. Por outro lado, torna o ataque cruz-maltino previsível.

Fonte: ge