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Análise: Vasco poderia ter feito mais no empate com o Coritiba fora de casa

A conquista de um ponto fora de casa contra um concorrente do G4 é positiva. Mas o 1 a 1 com o Coritiba precisa ser observado com cuidado pelos vascaínos. A verdade é que o time de Marcelo Cabo poderia ter saído de campo com a vitória ontem. Mas problemas tanto de construção quanto defensivos custaram um triunfo que pode fazer a diferença para a equipe carioca mais à frente.

Com 17 pontos, o Vasco é o sexto colocado. E ainda pode cair uma posição hoje, já que o Goiás, com 16, enfrenta o CSA. No domingo, terá mais um adversário da parte de cima pela frente: o líder Náutico, em São Januário.

— A gente veio buscar os três pontos. Não vou falar que um ponto não é positivo, mas queríamos a vitória — afirmou o lateral Zeca.

Ao contrario do que tem costumado fazer, o Vasco iniciou com uma postura mais propositiva. Com a marcação alta, impediu que o Coritiba saísse com a bola e chegou a ter uma grande oportunidade de abrir o placar, em boa troca de passes que culminou com chute colocado de Gabriel Pec, aos 5 minutos.

Mas essa postura não durou muito. A partir dos 20 minutos, os cruz-maltinos recuaram suas linhas defensivas e deixaram o rival trocar passes mais próximo de sua área. O Vasco, que chegou a ter 58% de posse, foi para o intervalo com 47%.

O problema não foi a mudança em si. Uma equipe que aposta num jogo mais reativo precisa ter velocidade na transição ofensiva. O Vasco não só não tinha isso como ainda apresentou um buraco entre o meio-campo e Germán Cano. Nas poucas vezes em que chegou até a frente, o time ainda centralizou demais e não explorou a amplitude do campo, facilitando para a defesa adversária.

O Coritiba, por sua vez, não soube aproveitar o maior volume de jogo. Rondou a área do Vasco sem levar perigo de fato. E coube a Cano salvar o jogo do marasmo. Sem conseguir infiltrar, o Vasco começou a fazer o que dava e arriscou de fora. Numa destas, Wilson deu rebote, que Pec aproveitou e cruzou para o argentino abrir o placar aos 8 da etapa final.

O gol obrigou os anfitriões a serem mais incisivos. E, aos 16, Rafinha aproveitou o espaço deixado por Zeca para cruzar. Léo Gamalho se beneficiou de escorregão de Andrey e cabeceou livre contra Vanderlei. O goleiro falhou na defesa e aceitou.

 

Fonte: Agência O Globo