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Análise: Vasco perde, mas Zé Ricardo faz diagnóstico certo para o futuro

O Vasco engatou o terceiro jogo em que passou sufoco, na maior parte do tempo. Foi pior contra Fluminense, Ferroviária e Flamengo. Venceu o time do interior paulista, pela Copa do Brasil, e perdeu os dois clássicos no Carioca, o último neste domingo, no Nilton Santos, por 2 a 1. Ambos, com um placar até mais magro do que poderia. Dá para dizer que saiu no lucro.

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O melhor foi a mexida feita pelo técnico Zé Ricardo. Sinaliza que o treinador tem um dignóstico do problema do Vasco em 2022 e faz um esforço para corrigí-lo.

Na entrevista depois da partida, ele justificou a entrada de Riquelme como meia pela esquerda como uma mudança feita para poupar jogadores desgastados, especialmente depois do difícil jogo de quarta-feira, contra a Ferroviária.

Mas a escolha poderia ter sido outra. Poderia ter sido Bruno Nazário, que vinha sendo titular. Poderia ser Yuri na cabeça de área, deslocando Juninho para uma opção mais ofensiva. Quando Zé Ricardo opta por Riquelme, ele claramente está em busca de um jogador mais técnico com a bola no pé e, especialmente, mais veloz.

O Vasco, equipe que se propõe a jogar no contra-ataque, não pode depender apenas de Gabriel Pec para isso. É pouco. Riquelme trouxe mais uma opção ao time. Se funcionou bem, é outra história. Apenas um jogo, contra um adversário tão superior tecnicamente, não favorece uma análise mais definitiva. Vale manter a tentativa em outros jogos. Uma coisa é certa. O time de São Januário precisa de mais rapidez para fazer essa transição.

Neste domingo, o Vasco encarou o contexto mais adverso de todos para voltar a jogar bem: contra os titulares do Flamengo, tomou o primeiro gol em um lance de bola parada, ainda aos 11 minutos, em uma cabeçada de Filipe Luís. A estratégia, que já era se fechar atrás para tentar um gol em jogada isolada, se manteve. A prioridade do Vasco seguiu a mesma no clássico.

A ideia era jogar na falha do adversário. Foi assim que o time chegou ao gol de empate, no segundo tempo. Andreas Pereira, a exemplo do erro capital cometido na final da Libertadores, hesitou com a bola. Juninho imitou Deyverson, deu o bote e tocou para Gabriel Pec. O camisa 11 arrancou com a bola desde o campo de defesa e bateu no ângulo de Hugo. Um golaço.

A derrota aconteceu graças ao desequilíbrio que Arrascaeta proporciona ao Flamengo. O time da Colina entrou em campo sabendo que tinha poucas chances de vencer. Ao menos Zé Ricardo mostrou que está disposto a encontrar melhorias. Não dá para esperar a chegada de reforços. Ela deve acontecer, mas ninguém pode precisar quando.

Fonte: Globo Online