Análise: Vasco mostra repertório, sofre pouco, e Luxemburgo usa bem o banco
Há poucos meses, seria difícil imaginar o Vasco jogando bem e sofrendo pouco fora de casa. Nesta quarta-feira, o time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo conseguiu exatamente isso. Não foi brilhante, mas foi melhor do que o Atlético-MG no Independência e venceu por 2 a 1, com ideias decisivas do treinador.
Por opção, Rossi e Marcos Júnior perderam suas vagas no time titular, mas saíram do banco de reservas para garantir a vitória na partida válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Leandro Castan, em noite inspirada, também foi decisivo para o Vasco, que agora está a oito pontos da zona de rebaixamento.
O próximo jogo do Cruz-Maltino é no sábado, contra o Santos, pela 23ª rodada do Brasileirão, em São Januário, às 17h (de Brasília).
Veja, abaixo, a análise da vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG:
Postura mesmo fora de casa
Uma das principais mudanças no Vasco desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo é a postura da equipe fora de casa. Com a virada sobre o Atlético-MG, já são três vitórias do Cruz-Maltino como visitante no Campeonato Brasileiro - em 2018, não teve nenhuma.
Mesmo longe de seu torcedor, o Vasco foi melhor do que o Atlético-MG no Independência. Os números, inclusive, dizem isso: o Cruz-Maltino teve mais posse de bola (51%), finalizou mais (15 a 14) e teve mais chances reais de gol (5 a 4).
Em certos momentos da partida, o Galo, é claro, foi melhor. Tentou pressionar e encurralar o Vasco, mas não conseguiu. O time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo foi ofensivo e não deixou o Atlético-MG crescer. As principais chances dos donos da casa foram em bolas paradas.
Poder de reação
Quando saiu atrás no placar, o Vasco certamente preocupou seus torcedores, que devem ter pensado: "Lá vem mais uma derrota". Mas não foi assim. Apenas quatro minutos depois de o Cruz-Maltino sofrer o gol de Otero, Marrony foi derrubado na área, e Rossi, em seguida, empatou de pênalti. O Atlético-MG não teve muito tempo para curtir a vantagem.
Com 1 a 1 no placar, Vasco e Atlético-MG abusaram de erros, e uma tentativa de pressão dos donos da casa não surtiu efeito. O Cruz-Maltino adiantou a marcação com o objetivo de ocupar o campo adversário para não sofrer na defesa.
Dedo do técnico
Vanderlei Luxemburgo foi decisivo para o Vasco contra o Atlético-MG. Antes de a bola rolar, tirou Marcos Júnior e Rossi, que não viviam boa fase, para colocar Andrey e Marrony. O técnico, porém, utilizou a dupla durante o jogo e viu o resultado aparecer. Saíram dos pés dos reservas desta quarta-feira os dois gols do Cruz-Maltino.
Em noite inspiradíssima, Rossi fez o primeiro, de pênalti, e deu uma linda assistência para Marcos Júnior, após dominar no peito, virar para o Vasco. Além dos dois gols, a dupla criou chances, melhorou o nível do Cruz-Maltino e mostrou que tem, sim, condições de ser titular - apesar de não viver boa fase e ter merecido a barração.
Repertório
Além de Marcos Júnior e Rossi, o Vasco mostrou outros motivos para ter jogado bem fora de casa. Talles Magno, sempre ele, aberto pela esquerda, deu muito trabalho para a defesa do Atlético-MG, especialmente no primeiro tempo; Leandro Castan, na zaga, foi importantíssimo em jogadas de contra-ataque do Galo; Marrony, no segundo tempo, melhorou e deu trabalho para o adversário.
O Vasco, tão dependente de Talles num passado recente, começa a mostrar outras opções na reta quase final do Campeonato Brasileiro. Mais do que isso: tenta manter a postura dentro e fora de casa, como contra o Atlético-MG.
Fonte: (ge)Mais lidas
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