Análise: Vasco mostra força contra outro recente campeão brasileiro
Há jogos que dão gosto de acompanhar, até para quem não torce para os times envolvidos. Foi o caso de Vasco 2 x 2 Palmeiras , na tarde deste domingo (23), num Maracanã com 60 mil pessoas. Ritmo forte do início ao fim, com oscilações e qualidades dos dois lados. Os vascaínos repetiram o mérito de não se intimidar com campeões brasileiros recentes: na estreia bateram o Atlético-MG (vencedor de 2021) por 2 a 1 fora de casa e agora seguraram os donos da taça em 2022
Abel Ferreira e Maurício Barbieri assistiram ao clássico à distância, pois cumpriram suspensão por cartão vermelho na largada. Mas viram os respectivos times com ousadia e intensidade de final de campeonato. Abel deixou Marcos Rocha na reserva (entrou Gustavo Garcia) e deu chance para Navarro (Flaco Lopez entrou depois, mas no lugar de Gabriel Menino). O Vasco teve na frente Pedro Raul, sempre ajudado por Gabriel Pec e Alex Teixeira.
O Palmeiras começou melhor, cadenciou o jogo, mas tomou sustos em seguida, com os gols de Pedro Rau aos 28 minutos e Pec aos 39. Teve tempo de respirar, antes do intervalo, com uma cabeçada de Navarro aos 46, que fez a bola bater no chão, subir e enganar o goleiro Leo Jardim.
O segundo tempo começou de forma semelhante ao primeiro, com o Palmeiras indo à frente. A diferença foi o “encolhimento” do Vasco, que tentou muito cedo garantir a vitória, na tentativa de repetir o que havia acontecido em BH uma semana atrás. Se deu mal, porque tomou o empate aos 17, com Artur, num momento em que os palmeirenses eram melhores, sobretudo após a entrada de Endrick (Navarro saiu). Quando o Vasco decidiu ousar, equilibrou de novo e fez com que o jogo se tornasse acelerado e de bom nível.
O destaque foi o esboço de time competitivo em que aos poucos se transforma o Vasco; tem potencial para render ainda mais. E o Palestra apresentou o óbvio: é forte para reagir e começa a dar espaço para a excelente geração de pratas de casa, com Jhon Jhon, Fabinho, Endrick, Luís Guilherme, Gustavo Garcia - sem contar Gabriel Menino, que veio da base e já é profissional há várias temporadas, e Artur, que saiu tempos atrás e voltou.
Fonte: Blog Antero Greco - ESPNMais lidas
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