Análise: Vasco mostra evolução e atende a pedidos de Luxemburgo
No terceiro teste durante a pausa do Campeonato Brasileiro para a Copa América, nova vitória do Vasco: 1 a 0 sobre o Atlético-GO, em amistoso disputado em São Januário. Em campo, o técnico Vanderlei Luxemburgo gostou até mais da evolução física, tática e técnica da equipe do que do resultado. Viu-se, até pelo tempo de treinos, um Cruz-Maltino mais organizado.
Pedidos “antigos” de Luxemburgo no Vasco, agora, estão sendo mais perceptíveis, como volantes que não procuram apenas companheiros atrás e ao lado. Richard, contratado do Corinthians, ganhou elogios pela verticalidade no meio de campo, algo que o técnico pedia desde a chegada ao Vasco.
Pelos lados, Rossi e Pikachu, à direita, foram os destaques – como tem sido. Marquinho, centralizado e como falso 9, não conseguiu corresponder às expectativas e jogou melhor quando flutuou para buscar a bola entre os volantes.
Veja, abaixo, a análise da vitória do Vasco sobre o Atlético-GO – antes, já tinha vencido Madureira por 3 a 0 e Rio Branco por 2 a 0:
Depois de semanas de treinos sem jogos, o Vasco mudou peças e apresentou evolução no terceiro teste durante a pausa do Campeonato Brasileiro. Defensivamente, o time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo quase não foi exigido diante do Atlético-GO. O posicionamento, inclusive, mudou.
Com a entrada de Richard no meio de campo, o Vasco passou a jogar no 4-1-4-1 quando não tem a bola. O reforço, contratado do Corinthians, fica à frente da zaga, enquanto Marquinho, outro recém-chegado, é o isolado no ataque. A segunda linha de quatro é formada por Rossi, Raul, Marcos Júnior e Marrony.
Desta forma, o goleiro Fernando Miguel quase não foi exigido em São Januário – em falhas individuais o Atlético-GO chegou com certo perigo, mas foi só.
O que provavelmente já tenha ficado claro para o técnico Vanderlei Luxemburgo, mesmo com pouco tempo de teste, é que Marquinho não é a melhor opção para jogar como um falso 9 no ataque.
O meia foi escalado entre os atacantes diante do Atlético-GO, praticamente de costas para o gol adversário, mas não conseguiu jogar. Fora de posição, Marquinho pouco tocou na bola e muitas vezes ficava “escondido” no meio dos zagueiros do adversário.
Pikachu e Rossi: dupla entrosada
As principais jogadas de ataque do Vasco continuam sendo pelo lado direito. Enquanto estiveram em campo, Pikachu e Rossi protagonizaram bons lances e deram trabalho para a defesa do Atlético-GO.
Com a entrada de Richard, o volante Raul também ganhou mais liberdade para apoiar e fez um bom trio com a dupla já formada na direita. Foi dali, inclusive, que saiu o ótimo cruzamento de Pikachu para o gol de Marrony no primeiro tempo
O volante contratado do Corinthians foi elogiado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo em entrevista coletiva depois do amistoso – e com razão. A entrada de Richard no meio de campo deu mais verticalidade ao ataque do Vasco.
Com passes precisos para ligar a zaga ao setor ofensivo, o volante é visto como a peça que faltava para encaixar a equipe. Luxemburgo, desde quando chegou ao Cruz-Maltino, cobrava mais passes verticais dos jogadores do meio. Encontrou isso em Richard, que se destacou no amistoso.
No segundo tempo, Vanderlei Luxemburgo mudou todos os jogadores. O Vasco passou a jogar com: Sidão, Cáceres, Werley, Fellipe Bastos e Henrique; Lucas Mineiro, Andrey, Bruno César, Valdívia e Yan Sasse; Tiago Reis. A cara do time, é claro, ficou completamente diferente.
O Cruz-Maltino passou a ter menos posse de bola e a depender mais de jogadas individuais. Valdívia, por exemplo, se destacou. Mais recuado, não como falso 9, como vinha treinando, apareceu em diversas oportunidades com velocidade pelo meio. Foi o melhor do segundo tempo.
O lateral-direito Cáceres, que perdeu espaço desde a final do Campeonato Carioca, também foi bem. Criou boa jogada pela direita com Bruno César e tocou com perigo para o meio da área, em um lance no meio da segunda etapa, mas não conseguiu achar uma assistência.
Fonte: ge