Análise: Vasco entra na briga pelo acesso e vê jovens em ascensão com Diniz
Quando um time ainda em formação vence jogando mal, é sinal de amadurecimento. No caso do Vasco de Fernando Diniz, de que entrou na briga pelo acesso à Série A. São agora cinco pontos de distância para o G-4, diferença que chegou a ser de dez.
A vitória sobre o Confiança, a terceira consecutiva na Série B, a maior sequência obtida na competição, teve apenas 20 minutos de domínio sobre o adversário. Pela primeira vez na gestão do treinador, a equipe carioca não controlou a partida. A estratégia inicial não deu certo, foi preciso mudar e o resultado veio com boas atuações de Riquelme e Gabriel Pec, jovens em ascensão com o treinador.
Sem o lesionado Andrey, Diniz apostou em Zeca como volante. A improvisação permitiu manter Riquelme na esquerda e criou as condições para a volta de Léo Matos à direita - este estava suspenso diante do Goiás. O Vasco manteve a estrutura tática e a forma de jogar, mas errou na execução. Não deu certo.
Primeiro porque o Confiança teve muito mérito na marcação. Durante todo o primeiro tempo, soube anular as ações ofensivas do time visitante. Segundo: o Vasco não teve a mesma intensidade na movimentação e tampouco conseguiu pressionar a saída de jogo do seu oponente.
Diniz, em pouco tempo, estabeleceu uma forma de jogar: o Vasco tem uma saída de jogo com três jogadores. Os zagueiros abrem, e Bruno Gomes recua para distribuir a bola. O problema foi que Zeca não conseguiu auxiliá-lo como Andrey faz. Além disso, Marquinhos Gabriel e Nenê pouco se mexeram, o que inviabilizou a ideia de aproximar jogadores em um lado e explorar, com virada de bola, o espaço criado no outro.
Desta forma, o Vasco foi burocrático. Só finalizou uma vez até o intervalo (terminou o jogo com sete). E, como foi pouco agressivo na marcação, com apenas três desarmes (terminou o jogo com 14), permitiu que o Confiança levasse perigo, especialmente em cruzamentos para a área de Vanderlei.
Para o segundo tempo, Diniz corrigiu o principal problema. Sacou Léo Matos e apostou em Gabriel Pec. Zeca foi para a lateral, e Marquinhos Gabriel recuou para ajudar na armação das jogadas. Aos poucos, o time melhorou e passou a ser mais intenso. Trocou a posse de bola improdutiva do primeiro tempo para momentos de controle absoluto do jogo. Aqui também pela mudança de postura dos atletas.
Em 20 minutos, o Vasco construiu dois gols. Ambos pelo lado esquerdo. Riquelme cresceu de produção e confundiu a marcação. Pec soube aproveitar o espaço criado e combinou boas jogadas com Nenê. Em duas delas, saíram os gols de Cano e Ricardo Graça. Uma assistência de Nenê, outra de Pec.
Diniz, três vitórias e dois empates em cinco jogos, teve o mérito de abandonar uma escalação que não deu certo. Um time em formação tem dessas situações. Mas não conseguiu evitar o sofrimento no fim. Vanderlei errou uma saída, que originou o gol do Confiança. E, ao não manter a posse, o time foi pressionado até o final. Resistiu e agora se preparará para enfrentar o Sampaio Corrêa.
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