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Análise: Vasco é menos eficiente no ataque diante do Novorizontino

Em time que está ganhando não se mexe? Depende de como está vencendo. Se o resultado parece não se sustentar e soa aleatório demais, vale a mexida. A busca por uma formação em que a relação entre atuação e placar seja mais verdadeira. Foi o que Maurício Souza tentou ao escalar o Vasco com novo ataque na partida contra o Novorizontino.

O técnico acertou ao reconhecer que o Vasco precisa jogar melhor. Errou na solução que tentou para isso. O problema do Vasco não era Getúlio. Ou Raniel. Quando um time mexe no centroavante, ele diz que identifica ao menos um dos dois problemas: o homem de referência não está convertendo as chances criadas pelo time. Ou então participa mal da partida, quando não está finalizando.

O que acontece é que o time da Colina não tem esse volume de jogo todo para se questionar a eficiência dos goleadores. E não joga com a bola, ocupando o campo de defesa adversário, o que demandaria movimentação e passes do centroavante.

A solução encontrada por Maurício para elevar o nível do Vasco foi escalar Palacios aberto na esquerda, Gabriel Pec na direita, Nenê como meia centralizado e Figueiredo de homem na grande área. Apenas o camisa 10 seguiu jogando como vinha. Todos os outros três jogadores mais ofensivos foram escalados numa posição diferente da habitual.

O Vasco abriu mão da força física de Figueiredo para puxar contra-ataques, mais aberto pela direta. Viu a falta de entrosamento pesar e o problema real, que afeta o Vasco desde o começo da temporada, continuou intacto: a falta de qualidade na construção de jogadas. Uma transição de qualidade da defesa para o ataque, passando pelo meio de campo.

Fonte: O Globo