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Análise: Vasco compete e dá sinais em mais um jogo de Rafael Paiva

A derrota por 2 a 1 para o Bahia pesa, principalmente, porque foi a oitava do Vasco em 12 jogos do Brasileirão. Mas o desempenho em Salvador dá sinais de evolução e deixa o torcedor esperançoso por melhores resultados na sequência.

E com razão. Um lance foi determinante para que o Vasco não saísse com pelo menos um ponto da Arena Fonte Nova, na noite de quarta-feira. O time competia bem e fazia jogo equilibrado até a expulsão de David, aos 14 minutos do segundo tempo. Em uma disputa normal de jogo, o árbitro marcou falta do atacante, que recebeu o segundo amarelo e, consequentemente, o vermelho.

No momento da expulsão, o placar marcava 1 a 1. A injustiça prejudicou o Vasco, que precisou mudar a forma de jogar e não conseguiu segurar a pressão do Bahia, tecnicamente superior. Com um jogador a mais, o Tricolor marcou o gol da vitória aos 40 minutos.

O interino Rafael Paiva e a torcida do Vasco, no entanto, não saíram totalmente insatisfeitos com o jogo. O técnico tem encontrado soluções no elenco para apresentar um futebol competitivo.

- Estou satisfeito pela entrega dos jogadores, a postura deles já é diferente nesses dois jogos, é um time que está tentando jogar mais com a bola, está tentando criar mais situações de gol. Estamos conseguindo evoluir, e o sentimento que fica, apesar da derrota, é de evolução, de um espírito diferente - afirmou o treinador depois da partida.

Ele manteve a fórmula que deu certo contra o São Paulo, com um time combativo e que ao mesmo tempo encontrou caminhos para incomodar o adversário, que é vice-líder do Brasileiro com o mesmo número de pontos do líder. O Vasco conseguiu segurar o Bahia, que tinha mais volume no meio, e usou o contra-ataque como arma fora de casa. Deu certo em boa parte do tempo.

Depois de tomar um gol de Thaciano aos 6 minutos do primeiro tempo, o Vasco manteve a organização e equilibrou as ações, com Paulo Henrique empatando aos 19, depois de boa jogada de Adson, que vem em uma crescente. O time cedeu espaços no fim da etapa inicial, com o Bahia dominando o meio-campo e chegando com perigo. Teve bola no travessão.

 

Acontece que as carências do Vasco falam mais alto. Maicon falhou no primeiro gol do Bahia, o meio-campo foi pouco criativo e Vegetti não recebeu boas bolas na frente. O time foi combativo e competitivo até quando pôde. E não se abalou em nenhum momento.

Paiva precisou mudar o plano de jogo no segundo tempo e fez uma opção interessante, com duas linhas de quatro e dobrando os laterais em busca de mais profundidade. No entanto, o Vasco não conseguiu agredir e viu o Bahia crescer. Léo Jardim fez duas boas defesas.

Os jovens, que foram solução contra o São Paulo, não repetiram o sucesso. Estrella, Rayan e Leandrinho não fizeram a diferença. É normal os meninos da base oscilarem. Não é justo que seja deles a responsabilidade. Por isso, o Vasco precisa contratar titulares na segunda janela. Isso promete ser o divisor de águas do time no Brasileirão.

Mas as novidades vão ficar para o dia 10 de julho. Por enquanto, o Vasco tem que manter a evolução e conseguir os resultados com o que tem, e Paiva tem se mostrado um bom conhecedor do elenco. O Bahia, muito mais sólido e jogando em casa, não conseguiu dominar completamente o time do técnico interino, que mostrou suas qualidades.

- A gente conseguiu competir muito no primeiro tempo, igualar alguns momentos do jogo, e voltamos muito bem no segundo tempo. A gente estava controlando alguns momentos do jogo, conseguiu ter mais a bola e marcar melhor. Acho que a gente estava conseguindo chegar mais no campo do Bahia, e a expulsão foi determinante para mudar o caminho do jogo - analisou Paiva.

O próximo desafio do Vasco é contra outro adversário que está no G-4. Para o clássico contra o Botafogo, no sábado, Paiva não poderá contar com David e Mateus Cocão, suspensos. Por outro lado, o treinador vive expectativa de ter Payet, recuperado de lesão na coxa, à disposição.

Fonte: ge