Análise: Um grande clássico de uma grande história
A primeira final de Brasileiro que vi (pela TV) foi a de 1974. A de 1973 foi a única a que assisti no estádio com meu pai, no Morumbi. A da temporada seguinte (que de fato também foi jogada em 1974) foi em preto e branco. A gente tinha comprado a televisão em cores para a Copa na Alemanha. Eu juro que a belíssima camisa preta do Vasco de Roberto Dinamite era ainda mais negra lá em casa em PB. Foi mesmo em preto e branco. A não menos bela camisa branca como o uniforme da Raposa também era mais alva com outro artefato explosivo como Nelinho. Lateral monstro que empatou a final com uma bomba inapelável para Andrada. Tão indefensável quanto outro erro histórico de Armando Marques, ao anular um gol legal mineiro. Além da própria discutível mudança do palco de jogo, do Mineirão para o Maracanã.
Lembrei desse 2 a 1 no BR-74 para o Vasco, gol do título de Jorginho Carvoeiro na infelicidade de outro traque do goleiro Vítor (que explodiu nas pernas do ponta vascaíno), vendo neste Dia dos Namorados de 2022 o Maraca cheio e quente o clássico todo. Domingo de futebol de alto nível. Ainda que na divisão que não é a deles, e tem sido demais além da conta que não fechava. Bom clássico disputado que foi com o espírito de gigantes que são. Partida lá e cá definida em belo gol de Getúlio. Numa jogada que o Vasco pode fazer mais vezes contra um Cruzeiro que também vai subir. É favorito para ser campeão. E pode, com a ajuda da SAF que também entra em campo em São Januário, voltar a decidir brasileiros como em 1974.
Quando a minha memória afetiva não esquece há 48 anos. Como este clássico de domingo ficará para cada um que sabe que amor não tem divisão. Tem a paixão de um amor eterno e enamorado.
Fonte: TNT SportsMais lidas
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