Análise tática do trabalho de Ricardo Sá no SC Braga
O SC Braga pretende na época que agora iniciou, regressar às noites europeias que na época passada se viu privado, após eliminação numa pré-eliminatória de acesso à fase de grupos. Para tal, passou com distinção o primeiro teste frente aos dinamarqueses do Brondby. Segue-se o play-off frente ao Spartak Moscow para atingir o objectivo europeu.
Titulares e Sistema táctico:
Dispostos em 1x4x2x3x1: Matheus; Esgaio, Pablo, Bruno Viana, Caju; Palhinha, André Horta, João Novais; Wilson Eduardo, Paulinho, Murilo;
A importância de Palhinha
O jovem médio português assume grande importância no processo defensivo da equipa a meio campo,muito devido ao seu apurado sentido de antecipação, fruto de um posicionamento defensivo bastante evoluído, garantindo à equipa equilíbrio defensivo e um número elevado de recuperações de bolas.
O motor da equipa
Ricardo Sá Pinto montou a sua equipa alicerçada no corredor central do meio campo que assume papel fundamental no processo ofensivo da equipa.
Na teoria João Novais aparece ao lado de Palhinha com André Horta um pouco mais adiantado no corredor central. Contudo, na prática são as dinâmicas que potenciam esta zona do terreno como um verdadeiro motor. Observamos várias trocas posicionais entre os dois médios mais ofensivos, umas vezes com João Novais a participar na fase de construção de jogo deste trás, com André realmente a pisar terrenos mais adiantados, garantindo ser o elo de ligação para o Braga ligar com sucesso a 1ª com a 2ª fase de jogo. Noutras vezes, surge André Horta mais recuado a assumir a construção de jogo desde trás, e é Novais que se encontra mais adiantado no terreno havendo a respectiva troca de funções que pelas diferentes características próprias de cada um, trazem outro tipo de dinâmicas completamente distintas a cada fase do jogo.
Quais as características de João Novais?
- Remates de média e longa distância
- Maior chegada a zonas de finalização
- Passe longo
- Transporte de bola
A importância do regresso de André Horta
- Temporização do jogo
- Maior criatividade técnica
- Visão de jogo
- Qualidade de passe (último passe)
O corredor central e a sua importância defensiva…
Além da importância ofensiva, o meio campo bracarense dado à pressão média/alta que procura exercer ao longo do jogo com o constante cortar de linhas de passe, assente num importante rigor e posicionamento defensivo, assume extrema importância defensiva também.
O Papel dos laterais
A grande diferença entre o ano passado e esta época, estará na maior projecção e participação ofensiva de ambos os laterais, neste caso Caju e Esgaio, também eles seleccionados para titulares muito devido às características ofensivas de ambos.
Alem disto, demonstram bom entrosamento e boas rotinas com extremos, ao intercalarem na perfeição movimentos interiores e exteriores.
Extremos a jogar com o “pé trocado”…
O modelo de jogo do novo treinador prevê princípios em que em dados períodos, pede-se que os extremos joguem no lado contrário ao seu pé dominante, explorando sobretudo diagonais com bola e entradas pelo corredor central. Noutras alturas, e mediante o que o jogo vai pedindo, troca os seus médios-ala de lado, jogando de feição com o seu pé dominante e consequentemente dando maior largura ao ataque e explorando maior número de acções com cruzamento para zonas de finalização.
Aspeto a rever e melhorar
O jogar dos Arcebispos evidencia pouca presença em zonas de finalização, numérica e não só… Colocam dentro da área poucos jogadores para finalizar, mais concretamente 2 (avançado e extremo) e por vezes um dos médios mais ofensivos na zona de penalidade.
Contudo, é sobretudo devido à inclusão de Paulinho no papel de único avançado que se pode justificar essa falta de presença dentro da área. Não por o jogador não ser um bom finalizador, aliás ainda no jogo analisado marca um golo pleno de sentido de oportunidade, mas por ser um atacante que gosta de baixar e ajudar na construção de jogadas e de “ter bola”, não sendo uma referência e um Avançado de área.
A inclusão do internacional egípcio Hassan no plantel não será por mero acaso e como ponta de lança possante fisicamente, bom jogo aéreo e instinto goleador que é, pode perfeitamente desempenhar essas funções de referência atacante da equipa.
Certo é que tanto o Braga de Abel Ferreira, como o de Ricardo Sá Pinto contam com um plantel recheado de opções e qualidade para cada posição. Aliado a isso, conta ainda com jogadores com larga experiência, várias épocas de emblema ao peito e portanto, mais que identificados com a cidade/clube. Além de conseguir manter o núcleo duro, o presidente António Salvador ainda conseguiu reforços que vêm acrescentar algo mais, casos de André Horta, Galeno, Caju, Diogo Viana, ou o regresso de Hassan.
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