Análise tática de Vasco 1 a 1 Internacional
Na noite desta sexta-feira, Vasco e Internacional foram a São Januário para se enfrentarem pela 31° do Brasileirão. Em lados opostos da tabela, ambos tinham a necessidade da vitória.
Após perder para o Sport, no Recife, Valentim abandonou o esquema com três volantes e apostou na dupla Maranhão e Andrey, para fazer o combate no meio-campo. Luis Gustavo foi deslocado para a lateral direita, pois Werley entrou na zaga. No ataque, o menino Marrony ganhou uma chance entre os titulares e jogou a maior parte do tempo aberto pelo lado esquerdo.
O Internacional, vinha de um empate com o Santos dentro do Beira-Rio, apostou em seu habitual 4-1-4-1, formação mais utilizada pelo time, sem a presença de um centroavante referência, tendo Rossi como substituto de Leandro Damião, que sentiu lesão muscular durante a semana. Desta forma, Nico López foi utilizado como falso 9, demonstrando que a equipe apostaria em um jogo de maior velocidade pelos lados de campo.
Diferentemente do costumeiro, o Vasco demonstrou um aumento na sua intensidade de jogo, e mesmo com a ausência da trinca de volantes conseguiu proteger bem os seus flancos, muito pela boa recomposição dos seus extremos: Marrony e Pikachu. Sem a bola, o Vasco se comportou bem, foi equilibrado e quase não sofreu com o adversário, que tinha enormes dificuldades para implantar sua conhecida velocidade na transição e sofria com a falta de profundidade e referência.
O Inter no setor defensivo não corria grandes riscos no primeiro tempo de jogo, tendo efetividade em defender sua área demonstrando um dos grandes aspectos que consolida a equipe como postulante ao título e praticamente já garantindo uma vaga na fase de grupos da Libertadores de 2019.
O Vasco se defendia num 4-1-4-1, com Andrey e Maranhão se revezando na função de ser o “elo” entre as duas linhas de 4, apesar do segundo ficar mais fixo, enquanto a jovem promessa chegou a subir a marcação para auxiliar os atacantes vascaínos a pressionarem o Inter ainda no seu campo. Andrey aliás, foi o pulmão e o cérebro do meio-campo vascaíno, foram dele que saíram algumas arrancadas com bola, alguns passes para quebrar linhas de marcação e também bonitos lançamentos. Fabricio novamente foi o escolhido para ser o armador, e até teve alguns bons momentos em campo, mas a sua falta de intensidade e constância, acabam prejudicando o seu desempenho individual e também do coletivo. Pelos lados, Pikachu e Marrony até eram acionados, mas a falta de aproximação fazia com que as sequências jogadas ficassem comprometidas. Marrony ainda conseguiu se destacar um pouco mais, visto que apesar da velocidade é um jogador de relativa força e que valoriza a bola, ele foi importante também nas bolas aéreas, aumentando a competitividade vascaína neste quesito. O Vasco controlava o jogo, mas era pouco agressivo, girava muito a bola e sofria para criar grandes chances, apostando em bolas longas para o pivô de Maxi Lopez, que mais uma vez ficou mais isolado do que o ideal.
O clube gaúcho retornou para o jogo tendo a mesma formação do primeiro tempo, mas com uma modificação, D´alessandro agora fora deslocado para o lado esquerdo, com Patrick jogando como interior, na tentativa de ter D´alessandro em uma zona de menor pressão, para se deslocar até a base e receber a bola na tentativa de construir melhor os ataques colorados. Inter conseguia controlar mais a bola, mas sentia bastante a proteção ao lado esquerdo, dando campo ao Vasco.
O técnico Odair, realizou alterações na tentativa de melhorar o volume ofensivo inexistente do time, sacando Rossi, que fez partida muito abaixo e após D´alessandro, que já encontrava-se realizando função de falso nove, com Nico López já retornando a posição em que tem mais rendido dentro da equipe, na ponta direita, partindo para o centro.
O torcedor colorado viu a estrela do seu treinador brilhar nestas trocas. Com a participação de dois jogadores que saíram do banco, Jonathan Alvez e Wellinton Silva, que entraram nas vagas de Rossi e D´alessandro, respectivamente, o Inter abriu o placar, após rebote de Martin Silva e “cochilada” da zaga. O Vasco então aumentou a pressão, o fôlego e a dinâmica com as entradas de Galhardo, Kelvin e Raul. O meia principalmente fez questão de participar do início da construção das jogadas, e aparecia tanto pelo meio como pelo lado direito. E já no fim do jogo, Kelvin recebeu uma bola pela esquerda e buscou, como de costume, a jogada individual, sofrendo pênalti marcado pelo árbitro auxiliar atrás do gol. Máxi Lopez pegou a bola, deu um pingo de justiça ao placar, e um fio de esperança para o torcedor vascaíno.
Já o Internacional, sentiu-se prejudicado com a marcação duvidosa da penalidade, cobrando com veemência a arbitragem do jogo, tendo alguns jogadores recebendo cartões , já com a partida finalizada.
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