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Análise tática de Atlético-PR 2 x 2 Vasco

m tempo para cada lado. Foi assim o jogo entre Atlético Paranaense e Vasco, terminado empatado em 2 a 2. O Vasco queria a liderança e, por isso, precisava da vitória fora de casa. O Atlético sonhava vencer em seu território para dar início a uma reação na fuga contra o rebaixamento.

Com o resultado muito cobiçado pelas duas partes, Lopes e Cristóvão armaram suas equipes com objetivos ofensivos. O Furacão vinha em um 4-2-2-2 simples. Dois volantes, dois meias e dois atacantes, sendo um centro-avante e um jogando pelos lados. Um típico 4-4-2 brasileiro. O Vasco vinha no seu habitual 4-3-2-1, com volantes posicionados de forma triangular. A grande novidade era na escalação de Felipe na lateral-esquerda. Jumar que, até então, era utilizado nessa função, fazia o vértice direito do triângulo de volantes, que era completado por Rômulo, mais recuado, e Fellipe Bastos no vértice esquerdo.



Havia muito tempo que Felipe não jogava na lateral-esquerda. Daria certo? Seria isso uma aposta arriscada de Cristóvão? Seria ela uma aposta válida ou mais uma invenção má sucedida dos comandos táticos? A ideia de Cristóvão Borges em colocar Felipe na lateral-esquerda baseava-se em dois motivos:

1º- Fortificar a marcação no meio de campo, com Jumar, pelo fato de o Atlético Paranaense jogar com dois meias armadores centrais;
2º- Fazer com que as jogadas pelo flanco esquerdo saíssem com maior frequência e qualidade.

Fundamentos realmente existiam para a tomada de decisão de Cristóvão. Seria, porém, uma aposta muito arriscada? O jogo disse que sim, quando o Atlético Paranaense soube se aproveitar disso fazendo com que Wágner Diniz atuasse de maneira super ofensiva. Foram justamente dessas jogadas que o time paranaense chegou aos dois a zero no placar. Exatamente em gols provenientes de dois cruzamentos do lado esquerdo da defesa cruzmaltina. Cristóvão errara!



Com uma inferioridade considerável no placar, o Vasco “chacoalhou-se” no vestiário. Para uma reversão drástica no placar, o Gigante da Colina tinha muito trabalho. Cristóvão quem diga. Teria ele que consertar a sua aposta má sucedida e correr atrás do prejuízo. Tendo que tomar certas decisões, o treinador vascaíno alterou a estrutura do time. Allan, que havia entrado ainda na primeira etapa no lugar de Rômulo, lesionado, esteve mais próximo de Fágner e passou a fazer a cobertura por aquele setor. Fellipe Bastos idem, pelo lado esquerdo. No entanto, a maior alteração promovida pelo auxíliar de Ricardo Gomes foi mudar o posicionamento do sistema defensivo. O Vasco passou a atuar quase com 3 zagueiros. Jumar fora recuado, Renato Silva ficava pelo lado esquerdo e Dedé pelo lado direito. Com isso, Felipe foi consideravelmente adiantado no setor esquerdo e cresceu demais na partida com a companhia de Éder Luís. Ponto para Cristóvão.

Com Felipe e Fágner mais adiantados, e uma boa política de coberturas, o Vasco foi crescendo na partida e encurralando o Furacão. Finalmente o Gigante da Colina se acertara na partida e merecidamente chegava ao empate. No modelo segundo tempo, o Vasco esteve em um 3-4-3. O Atlético, cada vez mais retraído e assustado com a crescente do adversário atuava no mesmo 4-2-2-2, porém no efeito sanfona, na situação mais retraída possível.



No empate na Arena da Baixada, um tempo para cada lado. O primeiro para o Atlético Paranaense e o segundo para o Vasco. A explicação disso muito se deve a Cristóvão Borges que, após uma aposta má sucedida, se redimiu e fez alterações táticas precisas na equipe. Agora, Atlético Paranaense e Vasco tem muito trabalho pela frente para conquistarem seus objetivos na competição. Uma boa dica é jogarem 90 minutos em vez de apenas 45.

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Fonte: Na Prancheta