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Análise: Sina negativa do Vasco como visitante na Série B continua

A sina do Vasco como visitante continua. Neste sábado, contra o 15º colocado Brusque (que vinha numa sequência de três derrotas consecutivas), o time perdeu por 1 a 0 e voltou para casa pela sexta vez seguida nesta Série B sem um pontinho sequer para o Rio de Janeiro. Ao menos a distância para o quinto lugar segue sendo de quatro pontos, já que o Londrina perdeu na rodada. Dos males, o menor.

Já são seis derrotas seguidas jogando fora de casa: Sampaio Corrêa, Vila Nova, Ponte Preta, CSA, Bahia e agora o Brusque. Nesse período, o Vasco ainda perdeu pontos em São Januário com empates diante de Ituano e Chapecoense. O time não consegue engatar numa boa sequência de resultados e desenha uma reta final de Série B, no mínimo, angustiante.

Vale lembrar: o próximo jogo é contra o Grêmio, em Porto Alegre.

No Augusto Bauer, o técnico Emílio Faro escalou o Vasco sem surpresas, com Matheus Ribeiro no lugar do suspenso Léo Matos e Fábio Gomes fazendo sua estreia como titular no ataque. A estratégia do time na partida passava por aproveitar a presença do centroavante de 1,92m, seja com a casquinha nas ligações diretas ou nos cruzamentos dentro da área.

Mas o plano surtiu pouco efeito. Mais uma vez o Vasco teve dificuldade de chegar na meta adversária: a primeira finalização na direção do gol só saiu aos 34 minutos, num chute fraco de Yuri Lara de fora da área. O time não conseguia segurar a bola no ataque. Chamou a atenção o fato de Fábio Gomes, bem marcado pela dupla de zaga do Brusque, ter ganhado pouquíssimas pelo alto.

Sem conseguir agredir, a equipe também voltou a apresentar deficiência defensiva, sobretudo pelo lado direito, por onde o Bahia já havia construído sua vitória duas rodadas atrás, na Fonte Nova. Matheus Ribeiro deu muito espaço pelo seu setor: foi nas costas dele que Alex Ruan construiu a jogada do gol dos donos da casa. Fernandinho recebeu dentro da área e chutou no braço de Quintero, que foi imprudente dentro da área.

Dois gols anulados

O Vasco chegou a fazer o gol de empate logo aos nove minutos do segundo tempo, com Alex Teixeira finalizando de dentro da área após passe de Matheus Ribeiro. Mas o árbitro, depois de uma eternidade, anulou o lance acusando toque de mão do camisa 7 vascaíno. Foi um banho de água fria na fagulha de reação dos visitantes.

Embora tenha terminado o primeiro tempo sendo pressionado e ameaçando pouco, o Vasco só foi mexer aos 20 minutos da segunda etapa: Paulo Victor e Danilo Boza entraram nos lugares de Edimar e Matheus Ribeiro, respectivamente. Na coletiva, Emílio Faro explicou que demorou a mexer porque queria dar tempo para que a equipe desse liga. Ele também criticou o estado do gramado do Augusto Bauer, que de fato estava ruim - Marlon Gomes foi quem mais sofreu e escorregou pelo menos duas vezes.

Dali para o fim, o Vasco apostou ainda mais suas fichas na bola aérea. Anderson Conceição virou atacante na reta final e foi para a área. E foi ele que participou do gol aos 42, desviando de cabeça na primeira trave, mas Alex Teixeira, de novo ele, estava em posição de impedimento. Não foi dessa vez que o camisa 7 fez seu primeiro gol desde a volta ao clube. E nem dessa vez que o Vasco voltou a pontuar fora de casa.

Fonte: Globo Esporte