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Análise: Reforços são última esperança de guinada do Vasco com Zé Ricardo

Foi um momento de sinceridade corrigido posteriormente. Edimar, questionado sobre a atuação do Vasco depois do empate com o Vila Nova, afirmou, meio resignado, ainda no gramado de São Januario, que o time tinha dificuldades enormes para fazer gols. Mais adiante, disse que a tarefa era difícil para todos no futebol, não apenas para o cruz-maltino.

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Panos quentes na principal deficiência das várias do cruz-maltino ou não, o fato é que o Vasco atual, com os jogadores à disposição e o técnico no comando, tem ares de caso perdido ainda em abril. Tamanha precocidade no diagnóstico é o mais alarmante de tudo.

Zé Ricardo tem quatro meses à frente da equipe e não conseguiu fazê-la evoluir em nada. Segue exposta defensivamente, mas principalmente, com dificuldades enormes para fazer gols.

Contra o Vila Nova, o problema ficou escancarado mais uma vez. A última esperança de guinada é o fato de que novas peças estarão à disposição do treinador nas próximas rodadas.
 

São quatro reforços, três atacantes. Erick, Palacios e Zé Vitor. O primeiro, de mais velocidade e força. O segundo, mais construtor, o terceiro, com uma pegada mais artilheira. Resta torcer que os jogadores tragam um ganho técnico que consiga compensar as limitações táticas do time.

Isso porque pouco pode adiantar os três contratados se a maneira de o time jogar não mudar também. O Vasco vive de lançamentos para Gabriel Pec. Pode trocar o jogador que vai receber a bola, que vai adiantar pouco, se o contexto não for outro. Se não houver com quem ele possa trocar passes.

O Vasco vive também de cruzamentos para a área, muitos deles na diagonal, às vezes quase frontal. Chega a ser infantil, tentar uma bola nessas condições, com o zagueiro adversário de frente, perfeito para fazer o corte.

Existe dois espaços no campo que todos sabem, são o caminho das pedras no futebol cada vez mais apertado. Na linha de quatro marcadores, se você consegue fazer com que seu jogador se projete entre o lateral e o zagueiro, você tem a condição melhor de fazer o gol.

O atalho não é nem o meio, onde os dois zagueiros centrais reduzem os espaços, nem a jogada aberta, onde o atacante fica espremido entre o marcador e a linha de fundo e precisa ter bons recursos no lance individual.

Nas duas melhores jogadas trabalhadas do Vasco na partida, foi nesse espaço que o time entrou na defesa do Vila Nova. Se Zé Ricardo não conseguir fazer o time jogar com os quatro reforços, vai faltar perspectiva no horizonte vascaíno.

Fonte: Globo Online