Análise: o Vasco não dará espetáculo, e torcida precisa entender
Marcados 30 minutos do segundo tempo, o Vasco recuou. Jogava em casa contra o Atlético-GO, penúltimo colocado, vencia por 1 a 0 e não quis correr riscos. Deu a bola ao time goiano, cerrou suas fileiras e administrou o resultado. Na arquibancada, houve quem chiasse. Mas não é um absurdo compreender a postura do time.
O Vasco deste Campeonato Brasileiro será, em condições normais, assim: competitivo, mas sem possibilidade de dar espetáculo. Os fatores são vários: o trabalho desenvolvido por Milton Mendes é incipiente; o próprio treinador não tem este perfil ofensivo; o elenco não permite maior ousadia.
Milton costuma dividir as etapas de trabalho: construção, assimilação e execução. Para ele, após pouco mais de três meses, o time ainda está no primeiro nível. Depois de três semanas de intertemporada antes do Brasileiro, ele viu o tempo de treino tolhido pelo calendário, com dois jogos por semana.
- Jogamos com inteligência, já que a equipe ainda não está fazendo o que se pretende. Há três semanas que só estamos recuperando os jogadores, sem tempo de treinar – argumentou o treinador.
Diferença de pensamento
A inteligência a que se refere Milton tem muito a ver com a parte estratégica. O recuo do Vasco contra o Atlético foi consciente, uma forma de se proteger. As mudanças para os jogos fora de casa entram também nesta tentativa do técnico de contrapor o oponente. O treinador vê nisso uma virtude.
As vitórias magras sobre Avaí e Atlético-GO em São Januário não convenceram a torcida. Mas Milton tem outro olhar. Para ele, o Vasco controlou as duas partidas e pouco foi ameaçado. Enquanto as pessoas na arquibancada veem o ataque primeiro, a prioridade do treinador é a segurança da equipe, a partir de trás.
Esta diferença de pensamento rende os primeiros chiados dos torcedores, ainda não contentes com a performance do time. Mas o Vasco será pragmático. É possível exigir mais? O elenco cruz-maltino não é dos mais fartos e conta com muitos jovens que ainda vão oscilar. Milton quer usar as peças à disposição de forma a encorpar o time o suficiente para ser competitivo.
Se a torcida entender a limitação do time, como compreendeu que precisa lotar São Januário a cada partida, o caminho para uma boa campanha será mais tranquilo. E cada 1 a 0 será comemorado como goleada.
Fonte: Globo OnlineMais Lidas
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