Futebol

Análise: Na estreia da Série B, a sua imensa torcida só quis ser feliz

A sexta-feira é o prêmio de quem merece. Trabalha a semana toda e curte o final do expediente. No entanto, para o vascaíno, esse primeiro dia do final de semana foi o início de um grande martírio, o começo da Série B. O dia, o horário, tudo era ruim, mas o torcedor cruz-maltino fez questão de mostrar que não há qualquer dificuldade que impeça o apaixonado pela Cruz de Malta mostrar a sua paixão, mesmo que a bola role às 19h.

O torcedor vascaíno chegou confiante ao estádio. São Januário ferveu, fora e nas arquibancadas. Os clássicos perdidos, a eliminação na Copa do Brasil, tudo isso ficou para trás. O que tinha ali era a esperança de dias melhores e a confiança de que o Vila Nova-GO seria derrotado.

O clima feliz vai se transformando em decepção ao chegar no portão de entrada do estádio. A fila, repleta de torcedores famintos por espaços, fez com que a chegada fosse um problema. A demora fez com que o gol vascaíno e o empate do Vila Nova-GO, fossem apenas detalhes de quem estava chegando naquela hora, depois de empurrões, safanões e palavrões.

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O Vascaíno, sim, com V maiúsculo, fez a parte dele e lotou São Januário. Cantou, vibrou, até mesmo no gol anulado de Edimar, e acima de tudo apoiou. O time acabou empatando e Zé Ricardo sofrendo com toda a crítica. De fato é difícil defender o treinador, já que os jogadores parecem estar escalados de forma errada. Lucas Oliveira entrou de lateral-direita só para exemplificar algo que causou estranheza.

O jogo não fluiu e o Vasco acabou empatando e, com toda razão, o torcedor vascaíno vaiou e demonizou quem mereceu. Um deles foi o técnico Zé Ricardo, não só vaiado, como xingado também. Me recordo que Thiago Rodrigues, o goleiro mascarado, foi aplaudido, mas lembro também que Nenê, ídolo recente, foi mandado para aquele lugar.

O Vascaíno, sempre com V maiúsculo, tem total autonomia para apontar vilões e celebrar heróis. Na estreia da Série B, os antagonistas foram revelados pela torcida. Agora os protagonistas precisam roubar a cena.

Fonte: Jogada 10