Análise: Entenda como o Vasco 'camaleão' de Barbieri venceu o Flamengo
Vasco utiliza terceiro estilo de jogo diferente no Maracanã para ficar com os três pontos
Mas o salto de qualidade tão rápido na temporada cai mais na conta do trabalho de Maurício Barbieri, de apenas três meses, do que na capacidade bruta dos jogadores à disposição no elenco. O normal seria uma evolução mais lenta.
Na contramão do óbvio, o treinador já conseguiu montar uma equipe com propostas de jogo distintas, capaz de executar todas elas relativamente bem.
Contra o rubro-negro, o que se viu foi a versão retrancada desse Vasco camaleônico. O time da Colina entrou em campo com uma proposta clara de jogo e conseguiu executá-la muito bem. Recuou muito mais do que está acostumado nesta temporada, à espera dos contra-ataques. Conseguiu encontrá-los. Acertou duas bolas na trave no primeiro tempo.
Foi um Vasco que abdicou da troca de passes - deu 200, contra 351,8 na média geral do Carioca. Algo confessado pelo próprio Maurício Barbieri.
- Conseguimos transições rápidas em velocidade, sabíamos que não deveríamos competir com eles para ter a bola - afirmou o treinador.
Um time camaleão, que consegue se adaptar aos adversários sem perder sua essência, mantendo-se competitivo, demanda opções no banco de reservas que permitam ao treinador variar escalações e modos de jogo. Andrey Santos entrou na vaga de Erick Marcus, titular nas partidas em que Maurício Barbieri vislumbrou uma importância maior no ataque pelas beiradas extremos do campo.
O jogador de 18 anos mostrou nível elevadíssimo em seu primeiro jogo como titular contra um adversário do mais alto nível. Foi aprovado com louvor no teste.
Contra o Flamengo, o Vasco teve também a presença de Marlon Gomes. O jogador, que estava com a seleção sub-20, deve conquistar seu espaço no time. A dúvida que fica é onde. Se Maurício Barbieri quiser soltar mais o time, ele pode entrar na vaga de Rodrigo, jogando Andrey Santos para sua função.
Outra alternativa, mais inteligente, é colocá-lo no lado esquerdo. Alex Teixeira, que vinha bem, teve queda de produção ao ser deslocado para o setor. Se é para tê-lo em campo, faz mais sentido escalá-lo como meia ou segundo atacante. Assim, ele fica mais perto da grande área, pode tentar finalizações ou tabelas.
Do contrário, Barbieri pode reforçar ainda mais o meio de campo com Marlon Gomes.
Fonte: Agência O GloboMais lidas
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