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Análise da vitória do Vasco contra o Atlético-MG

Em fase de definição, o Campeonato Brasileiro tem demonstrado que a melhor estratégia para a busca de resultados de equipes sem tantas peças de qualidade e tempo de trabalho tem sido dar a bola para o adversário e tentar aproveitar seus espaços e erros. Assim veio a vitória contudente do Vasco sobre o Atlético-MG, em São Januário, por 3 a 2, que faz a equipe carioca se afastar novamente da zona de rebaixamento. Agora, com 35 pontos na décima quarta posição. Cano, duas vezes, uma delas uma pintura, e Pikachu, marcaram os gols vascaínos. Hyoran e Sasha descontaram. Na terça-feira, vem o Palmeiras.

Ao se conscientizar de suas limitações e não tentar o tempo todo propor o jogo contra um adversário do topo da tabela, o time do técnico Vanderlei Luxemburgo demonstrou frieza e inteligência. Sobretudo depois de quase sair atrás no placar por conta de um pênalti contra. O árbitro de vídeo alertou para a bola na mão de Léo Matos, mas Hyoran desperdiçou a cobrança. Caso convertesse, mandaria por água abaixo a estratégia do Vasco de esperar o adversário todo recuado em seu campo e sair na boa. O VAR também foi decisivo no segundo tempo, mas para anular o segundo pênalti contra o Vasco.

A postura da equipe se consolidou depois do primeiro gol, de Cano. Em falha da defesa atleticana, Léo Matos foi esperto e entrou entre a zaga e o goleiro para tocar para o argentino só empurrar para a rede. A jogada foi iniciada em uma bola longa vinda da defesa, a arma escolhida contra uma equipe com maior posse de bola e com as linhas adiantadas na defesa.

Em vez de levar o gol cedo, o Vasco se aproveitou emocionalmente da falha do adversário para ele mesmo sair na frente antes do esperado. Mais inesperado ainda foi o segundo gol vir ainda no primeiro tempo, com Pikachu. Dessa vez, o contra-ataque foi armado por Benítez, que voltou ao time bom boa cadência, e Léo Matos novamente serviu o lateral improvisado na ponta direita.

Parte física

A postura de Pikachu e até de Talles Magno, com muito apoio na marcação, denotava um Vasco disposto a neutralizar o Atlético-MG mesmo que abdicasse do ataque. Benítez também marcava, mas era responsável por articular a saída rápida. Foi dele o passe preciso para Cano fazer o terceiro, um golaço. Matou no peito e finalizou no canto, de primeira. O Galo diminuiu com Hyoran, chegou a pressionar, mas parou em Fernando Miguel e na defesa formada por Castan e Marcelo Alves.

Na reta final da partida, a parte física pesou a favor do Atlético-MG. Luxemburgo colocou gás novo no meio-campo e no ataque, e o Vasco passou 15 minutos apenas se defendendo. E acabou levando o segundo gol.

Com eficiência nas vezes em que a oportunidade apareceu, e metade das finalizações do adversário, os donos da casa respiraram um pouco mais na tabela e ganham confiança para a reta final do Brasilero. Ainda que tente apenas sobreviver na competição, o Vasco ainda premia o torcedor com um placar elástico com direito a golaço de seu artilheiro. 

Fonte: Agência O Globo